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Lula - ‘Tenho obsessão em desmascarar o Moro e o Dallagnol’

Lula concedeu entrevista nesta sexta-feira (26) - Wilton Junior / Estadão Conteúdo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu nesta sexta-feira (26) a primeira entrevista após sua prisão, em 7 de abril do ano passado. Ele falou com o jornal Folha de S.Paulo e o site El País na sede da Polícia Federal em Curitiba. Em um trecho da entrevista divulgado pelo PT nas redes sociais, Lula afirmou ter obsessão em desmascarar o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol.

“Tenho obsessão de desmascarar o Moro, Dallagnol e sua turma. Ficarei preso 100 anos, mas não trocarei minha dignidade por liberdade. Eu tenho uma obsessão e eu vou trabalhar muito para provar a minha inocência e a farsa que foi montada”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de nunca mais sair da prisão, o ex-presidente disse que “não tem problema” e que está mais comprometido a lutar para provar que “mentiram ao seu respeito”. “Você pensa que eu não queria estar em casa? Eu adoraria, mas não faço nenhuma questão, porque eu quero sair daqui com a cabeça erguida como eu entrei: inocente”, afirmou, completando: “Quem construiu a vida que eu construí nesse país… Eu não vou me entregar e eles sabem que tem aqui um pernambucano teimoso”.

Lula falou, ainda, que fica preocupado com a situação atual do Brasil e com a população que “nem sempre pode brigar”. Ele criticou a gestão de Jair Bolsonaro e disse que o país está sendo governado “por um bando de malucos”. Segundo ele, a elite brasileira deveria fazer uma autocrítica depois da eleição do atual presidente.”Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”, declarou.

O ex-presidente comparou a forma como a imprensa o trata em relação a Bolsonaro. “Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?”, questionou, referindo-se ao fato de o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, ter empregado familiares de um miliciano foragido da Justiça em seu gabinete quando era deputado estadual pelo Rio. Além disso, disse que “não entende o ódio dos militares ao PT”, justificando que seu governo teria recuperado o orçamento das Forças Armadas.

O único momento em que o ex-presidente baixou a guarda é quando falou sobre a morte de seu neto Artur, de 7 anos, vítima de uma bactéria, há um mês: “Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que ele tivesse morrido. Eu já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver”. Lula disse, no entanto, que era grato ao vice-presidente Hamilton Mourão por ter defendido que ele fosse ao velório, diferente do deputado federal Eduardo Bolsonaro que afirmou no Twitter que ele queria se vitimar com a morte da criança.

Em julgamento realizado na tarde de terça-feira (23), os ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deram provimento parcial ao recurso da defesa do ex-presidente Lula de forma unânime e reduziram a pena do petista no caso do apartamento triplex do Guarujá de 12 anos e um mês para 8 anos e 10 meses de prisão. Isso abriu a possibilidade para que ele progrida para o regime semiaberto ainda neste ano.

Fonte: Jovem Pan

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