Chamado de "vice dos sonhos" pelo presidente eleito Jair Bolsonaro no
início do ano e responsável por uma oração após o resultado do segundo turno, o
senador Magno Malta (PR-ES)
chega ao fim do mandato em clima de fim de festa. Sem conseguir se reeleger após
passar boa parte dos últimos meses empenhado na campanha do capitão da reserva,
o parlamentar também irá ficar de fora da Esplanada dos Ministérios.
Em etapa final das nomeações do primeiro escalão, Bolsonaro afirmou
nesta quarta-feira (5) que não seria "adequado" que o senador fosse
ministro, mas que ele pode "servir à pátria" em outra função.
"Todos os meus amigos, que me ajudaram desde a campanha, se eu
fosse ofertar-lhe um ministério... Ficaria complicado da minha parte. Tenho uma
dívida de gratidão com ele [Magno Malta], me ajudou muito durante a campanha,
mas não houve durante a campanha um comprometimento nesse sentido",
afirmou a jornalistas.
O presidente eleito lembrou ainda da articulação para compor uma chapa
conjunta. "Eu ofereci como vice-presidente, ele achou melhor disputar o
Senado e, acabando o Senado, ele não foi reeleito. Tínhamos um desenho do
ministério na cabeça. Infelizmente não coube o perfil dele, não se enquadrou
nessa questão. Apenas isso", disse.
Na campanha eleitoral, o partido de Malta, o PR, optou por integrar a
coalizão do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, que
ficou em quarto lugar na disputa.
Campeão de votos em 2010 no Espírito Santo, o senador apostou na
reeleição, mas ficou em 3º lugar nas eleições deste ano e não garantiu uma das
duas vagas do estado no Senado.
Questionado por jornalistas ao deixar o plenário do Senado nesta quarta,
Malta evitou responder perguntas. Disse que não iria interpretar a decisão do
capitão da reserva. "Meu compromisso com o Bolsonaro foi até dia 28, às
19h30. Nós tínhamos um projeto de tirar o Brasil do viés ideológico e nosso
compromisso acabou no dia 28....
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