Referência para Terra do
Padre Cícero e municípios como Granjeiro e Caririaçu, o Hospital Maternidade
São Lucas vem sofrendo para manter a alimentação dos bebês internados na UTI
neonatal e, também, nos leitos do médio risco. Hoje, apenas 50% vêm do Banco de
Leite deste equipamento. No sábado (16), foi lançada campanha para arrecadar
potes de vidro que armazenam o leite materno. A meta é arrecadar mil
recipientes. Um pote de 300ml é suficiente para alimentar até 10 bebês por dia.
Mas a falta de potes não é o único problema. A carência de doações tem
ocasionado escassez na Unidade. "Nosso estoque sempre está abaixo da
necessidade. Hoje, trabalhamos com 50% da capacidade", garante a
coordenadora do Banco de Leite, Andrezza Siqueira.
Lá, o leite doado passa
por processo de pasteurização com rigoroso controle de qualidade. Além disso, o
local armazena o líquido das mães com filhos internados na UTI neonatal. O
local tem atendido de 25 a 30 bebês por mês, mas com captação sempre abaixo,
entre 40% e 50%.
Importância
Com essa dificuldade, o
Hospital São Lucas tem realizado rodas de conversa com as mães que acabaram de
ter seus bebês. O leite materno é o principal alimento e deve ser o único até o
bebê completar seis meses de vida. "Caso amamente seu filho e ainda
produza bastante leite, esse excesso deve vir para o banco. A gente costuma
falar que leite é sangue branco. É ouro. Nele, tem todas as características da
mãe. Cada mãe produz um leite apropriado. Jamais ela pode alimentar filho de
outra. É contraindicado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da
Saúde", informa Andrezza.
Muitas mães percebem a
necessidade de doar. É o caso de Maria Thaís de Souza, 21, que há um mês teve
seu filho prematuro e, no tempo que ele esteve internado, procurou doar o leite
que estava produzindo. "Eu estava tendo muito leite e ainda não estava
amamentando. Daí procurei saber como doar. Sei que é importante para a saúde e
desenvolvimento deles", exalta a mãe.
ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR
Fonte: Diário do
Nordeste
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