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| Onde os equipamentos funcionam, os moradores comemoram. (Foto: Honório Barbosa) |
A agricultora Carmozina Souza,
moradora do Sítio São Mateus, na zona rural de Mombaça, não precisa mais
caminhar 20 minutos para retirar água de um açude ou de uma cacimba ou esperar
por um carro-pipa, que geralmente trazia água suja. Ela e outros 40 moradores
da localidade dispõem de um dessalinizador que mudou a vida das famílias.
"Esse equipamento foi uma bênção dada por Deus", afirmou. Na verdade,
a implantação do sistema de abastecimento faz parte do Programa Água Doce, uma
ação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Nos próximos dias, em parceria com o governo do Ceará, serão entregues 60 sistemas de dessalinização, em 17 municípios da região semiárida do Estado. Onde os equipamentos funcionam, os moradores comemoram. Outro exemplo vem da comunidade Serrote do Meio, no município de Itapajé. O sistema local de abastecimento foi entregue nesta quinta-feira (31).
Os dessalinizadores são implantados onde os poços profundos apresentam vazão elevada, mas água salobra, imprestável para o consumo humano. Os projetos incluem a perfuração de um poço profundo. A água retirada do subsolo segue por uma tubulação, até um reservatório de cinco mil litros. Depois de filtrada, parte vai para outra caixa de dois mil litros. Os moradores pagam R$ 1 por 20 litros.
Há um equipamento que libera água a partir do uso de fichas de metal semelhantes àquelas que eram usadas em telefones públicos. O controle das finanças é responsabilidade da associação de moradores. "Agora não precisamos mais de carro-pipa", comemora a moradora Maria Elizete Gonçalves, do sítio São Mateus, em Mombaça. "Temos água mineral".
Em Itapajé, na localidade de Serrote do Meio, 136 famílias foram beneficiadas. A principal fonte de renda dos moradores é a agricultura de subsistência com o plantio de milho e feijão. Lá, o abastecimento de água é feito por meio de cisternas que recebem a água da chuva e das águas do açude que dá nome à comunidade. Também é consumida a do Rio Caxitoré, por meio de cacimbas.
No Ceará, o convênio tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 277 sistemas de dessalinização, com potencial para atender 110 mil pessoas. A fase de levantamento da demanda foi concluída em 2014, quando mais de 600 comunidades foram diagnosticadas. Em 2015 foi iniciada a fase de implantação e recuperação. Até o momento, 60 sistemas foram concluídos e 12 estão em obras.
O programa envolve recursos da ordem de R$ 44 mi e beneficiará 44 municípios da região semiárida cearense. Há, entretanto, queixa quanto ao atraso na instalação dos sistemas. A demanda por água no sertão cearense aumentou a partir de 2012, quando começou o atual ciclo de chuvas abaixo da média, considerado quadro de seca.
O secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, disse que o Programa Água Doce vem garantindo a oferta de água de qualidade a famílias que sempre figuraram entre as mais carentes do interior na questão do abastecimento. "São comunidades difusas, muitas delas isoladas em áreas rurais remotas. O Água Doce vem resolver essa questão, levando água de qualidade às pessoas com a preocupação de não degradar o ambiente", destacou.
Fonte: Diário do Nordeste
Nos próximos dias, em parceria com o governo do Ceará, serão entregues 60 sistemas de dessalinização, em 17 municípios da região semiárida do Estado. Onde os equipamentos funcionam, os moradores comemoram. Outro exemplo vem da comunidade Serrote do Meio, no município de Itapajé. O sistema local de abastecimento foi entregue nesta quinta-feira (31).
Os dessalinizadores são implantados onde os poços profundos apresentam vazão elevada, mas água salobra, imprestável para o consumo humano. Os projetos incluem a perfuração de um poço profundo. A água retirada do subsolo segue por uma tubulação, até um reservatório de cinco mil litros. Depois de filtrada, parte vai para outra caixa de dois mil litros. Os moradores pagam R$ 1 por 20 litros.
Há um equipamento que libera água a partir do uso de fichas de metal semelhantes àquelas que eram usadas em telefones públicos. O controle das finanças é responsabilidade da associação de moradores. "Agora não precisamos mais de carro-pipa", comemora a moradora Maria Elizete Gonçalves, do sítio São Mateus, em Mombaça. "Temos água mineral".
Em Itapajé, na localidade de Serrote do Meio, 136 famílias foram beneficiadas. A principal fonte de renda dos moradores é a agricultura de subsistência com o plantio de milho e feijão. Lá, o abastecimento de água é feito por meio de cisternas que recebem a água da chuva e das águas do açude que dá nome à comunidade. Também é consumida a do Rio Caxitoré, por meio de cacimbas.
No Ceará, o convênio tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 277 sistemas de dessalinização, com potencial para atender 110 mil pessoas. A fase de levantamento da demanda foi concluída em 2014, quando mais de 600 comunidades foram diagnosticadas. Em 2015 foi iniciada a fase de implantação e recuperação. Até o momento, 60 sistemas foram concluídos e 12 estão em obras.
O programa envolve recursos da ordem de R$ 44 mi e beneficiará 44 municípios da região semiárida cearense. Há, entretanto, queixa quanto ao atraso na instalação dos sistemas. A demanda por água no sertão cearense aumentou a partir de 2012, quando começou o atual ciclo de chuvas abaixo da média, considerado quadro de seca.
O secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, disse que o Programa Água Doce vem garantindo a oferta de água de qualidade a famílias que sempre figuraram entre as mais carentes do interior na questão do abastecimento. "São comunidades difusas, muitas delas isoladas em áreas rurais remotas. O Água Doce vem resolver essa questão, levando água de qualidade às pessoas com a preocupação de não degradar o ambiente", destacou.
Fonte: Diário do Nordeste
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