De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE, cerca
de 22,8% dos jovens piauienses, com idade acima de 18 anos, consomem
bebidas alcoólicas. Com estes dados, o Piauí é o terceiro estado do
Nordeste onde existem mais jovens que ingerem álcool uma vez ou mais por
semana, ficando atrás apenas de Sergipe (23,5%) e Bahia (27,5%). Logo
após o Piauí, o ranking é preenchido por Pernambuco (22,1%), Rio Grande
do Norte (121%), Alagoas (19,4%), Ceará (19,3%), Paraíba (15,8%).
No Brasil, a média de consumo de álcool por ano chega a 8,7 litros por pessoas acima de 15 anos (Foto: Elias Fontinele/O Dia)
No Brasil, a média de consumo de álcool por ano chega a 8,7 litros por pessoas acima de 15 anos (Foto: Elias Fontinele/O Dia)
O alcoolismo é uma doença que, quando diagnosticada, acompanha o
dependente por muitos anos e, se livrar dessa doença, acaba sendo muito
difícil. O aposentado Francisco está há oito anos sem ingerir bebida
alcoólica. Questionado, ele afirma que não está livre do álcool, mas que
apenas não bebe e que, no momento, não pretende voltar a beber nunca
mais na vida. O aposentado de 56 anos conta que começou a beber com 13
anos e, desde então, só parou em 2008, na noite de Natal, aos 49 anos,
quando foi diagnosticado com um início de cirrose - doença crônica que
atinge o fígado, e estava com erisipela - doença infecciosa aguda
caracterizada por uma inflamação na pele. Apesar de ter passado por
inúmeras internações em clínicas de desintoxicação, ele é categórico:
“Eu parei de beber porque eu quis parar, por vontade própria”.
Durante todos esses anos em que o aposentado bebia diariamente, ele
conta que não tinha coragem para trabalhar e que ele não via o mundo ao
seu redor. Para sua esposa, a vida depois que seu marido resolveu parar
de beber, é outra, completamente diferente. “Quando ele deixou de
ingerir bebidas alcoólicas, ele voltou a trabalhar, voltou a exercer o
papel de pai. Tudo melhorou, a parte financeira, a parte da harmonia e
da paz dentro de casa. Eu agradeço muito a Deus por isso”, afirma a
esposa.
Por: Aldenora Cavalcante - Jornal O Dia
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