Não só Parlamento, Poder Judiciário e força das ruas devem ser motivos de preocupação de Dilma Rousseff (PT) diante da proximidade da votação do pedido de seu impedimento pela comissão responsável na Câmara.
A Internet também pode ser campo de batalha para presidente, com iniciativas que influenciam diretamente a posição dos parlamentares sobre o processo de seu impedimento, segundo especialistas.
“A Internet deu maturidade aos grupos de pressão e é uma forma de cobrar responsabilidade aos políticos. Em momentos conturbados como esse, ela ganha mais força, representa o clamor das ruas”, explica Gabriel Rossi, especialista em marketing e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Rossi destaca um site de autoria do movimento pró-impeachment “Vem pra rua”, intitulado Mapa do Impeachment.Com objetivo de pressionar parlamentares a tomarem posição favorável à saída da presidente, a página monitora o posicionamento dos políticos e dão formas dos internautas entrarem em contatos com eles para os influenciarem a mudar de opinião.
Segundo ele, essa é uma “estratégia inteligente” por expor a posição dos políticos e cobrar prestação de contas. O mesmo afirma David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), que acredita que a página serve como “uma força muito forte na comissão do impeachment e, depois, no plenário da Câmara”.
Do lado contrário não há iniciativa semelhante de monitoramento, segundo levantamento da reportagem junto a movimentos sociais. O uso de redes sociais como o Facebook e o Twitter e a criação de sites que pressionem deputados da comissão do impeachment, no entanto, cumprem papel de pressão. Um desses sites é o da Frente Brasil Popular, que reúne notas sobre manifestações, artigos, vídeos e posicionamentos“contra o golpe”.
Para Fleischer, essas movimentações online contra e a favor “refletem as vozes das ruas” e, por isso, os parlamentares devem prestar atenção nelas. Cientista Político da Universidade Federal do Ceará (UFC), Uribam Xavier é mais comedido. Para ele, as páginas funcionam como “qualquer outro meio de comunicação” e, portanto, influenciam, sobretudo, “o público que tem em volta dele”.
O site que chamou atenção dos especialistas que conversaram com jornal O POVO é composto por informações dos parlamentares de todo o País, desde os contatos a listas de doadores da última campanha e evolução patrimonial deles.
Com informações O Povo Online
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