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Irrigação é restringida no Interior, afirma secretário

Os quatro anos seguidos de seca no Ceará, e a perspectiva de continuidade, apontam para um quadro cada vez mais alarmante. Com uma reserva hídrica atualmente em torno de 13% no Estado, até mesmo a agricultura irrigada está sofrendo restrições no Interior, segundo afirmou o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira.

“A irrigação está sendo restringida cada vez mais”, afirmou na manhã desta quarta-feira (2), no aeroporto, antes de embarcar para Brasília. “Mas não podemos restringir totalmente, porque senão acaba o emprego do homem do campo”, acrescentou.

A situação é especialmente preocupante porque era justamente a produção das culturas irrigadas que garantiam uma colheita mínima quando as demais áreas produtivas do Estado eram afetadas pela seca. A observação do risco que se configura atualmente foi alertada há mais de um ano pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), elaborado pelo IBGE.

Teixeira disse ainda que a reserva hídrica de todo o Estado está abaixo dos 13%, o que está levando a ações emergenciais, algumas já bem conhecidas no Interior. De acordo com ele, são mais de 1.300 intervenções em curso, que incluem a construção de poço novos, a recuperação de antigos e o uso de cacimbas. “As velhas cacimbas nos leitos dos rios, só que feitos agora com retroescavadeiras para poder assegurar o abastecimento da população rural e urbana do Ceará”, destacou.

Outra medida, que atingirá o bolso dos cearenses a partir do próximo dia 19 de dezembro, é atarifa de contingência que multará quem não diminuir o consumo de água em 10%. “Está estabelecido um regime onde a população tem que economizar pelo menos 10% da água. Se não houver uma economia, sobre estes 10% será cobrado uma sobretaxa. E o resto é o preço normal, com o reajuste que a Cagece também estabeleceu”, explicou o secretário.

A taxa será de 120% do valor que for ultrapassado. Contudo, a promessa é de que a medida seja temporária, a depender do fim da seca. “A sobretaxa é temporária, porque ela só pode ser cobrada quando se está no caso de escassez hídrica”, destacou Teixeira.

DN Online.

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