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BUSCA POR SOBREVIVENTES: 28 moradores do prédio que desabou ainda não foram localizados

Foto: Celso Tavares/G1

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, afirmou na tarde desta terça-feira (1°) que a corporação vai levar 48 horas para começar a mexer na estrutura do edifício de 24 andares que desabou em incêndio nesta madrugada no Centro de São Paulo. Os trabalhos no local devem durar uma semana. O prédio era ocupado por 372 pessoas, de 146 famílias, segundo o Corpo de Bombeiros. Dessas, 28 pessoas ainda não foram localizadas --o que não significa necessariamente que todas estivessem no prédio. Além delas, há uma pessoa desaparecida: trata-se de um homem que estava sendo resgatado por bombeiros no momento do desabamento do prédio. Também não há informação sobre possíveis mortos. Um bombeiro que tentou resgatar o morador disse que se tivesse mais 30

ou 40 segundos teria conseguid salvá-lo. Segundo Palumbo, durante as buscas por possíveis feridos e na retirada de escombros nas primeiras 48 horas, o uso de equipamentos como retroescavadeiras só será feito na área do entorno da edificação. Na área que envolve a estrutura do prédio, serão feitos, inicialmente, somente trabalhos manuais para garantir a segurança dos bombeiros e de possíveis feridos. Nesta primeira fase, o trabalho dos Bombeiros vai se concentrar na refrigeração da estrutura que caiu. Após 48 horas, vão começar a mexer nos escombros com o maquinário, mesmo assim, de forma delicada para não afetar possíveis sobreviventes. Enquanto isso, as buscas serão feitas com cães farejadores e sensores de calor.

'[O prazo de 48 horas] é um prazo estabelecido até por órgãos internacionais, para que a gente não mexa lá dentro pela possibilidade de vítima [...]. A gente não pode tirar os escombros de forma aleatória", disse. “O próprio concreto está muito quente. A edificação está em movimentação... Se removo parte de concreto, de tijolo, tem risco de partes superiores desabarem em cima dos bombeiros."

Após o desabamento, o Ministério Público de São Paulo reabriu a investigação sobre as condições estruturais do prédio. A promotoria de Habitação e Urbanismo havia pedido, em 16 de março deste ano, o arquivamento do inquérito após a Defesa Civil ter feito uma vistoria no prédio de 24 andares e afirmar que não havia risco estrutural na edificação. O arquivamento havia sido pedido pelo promotor Marcus Vinicius Monteiro dos Santos. No documento, ele mencionava que "não foram constatadas anomalias que implicassem riscos naquela edificação, embora a instalação elétrica estivesse em desacordo com as normas aplicáveis, assim como o sistema de combate a incêndio".

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