não mexer

header ads

Mais de 4 milhões de pessoas no Ceará vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de R$ 500, mostra IBGE.

Quase metade da população do Ceará (48,7%) encontra-se abaixo da linha de pobreza, com renda familiar per capita inferior a R$ 477,90 mensais. Isso significa que aproximadamente 4,561 milhões de pessoas sobrevivem com R$ 15,93 por dia, segundo dados de 2023 divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nesse cenário, o Estado amarga o 3º pior resultado do País, superado apenas pelos estados do Acre (51,5%) e do Maranhão (51,2%). Na Grande Fortaleza (RMF), 40,8% dos domicílios estão incluídos nessa estatística dramática, representando o maior percentual entre as regiões metropolitanas brasileiras.

Os dados integram a "Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024". Para esse levantamento, considerou-se como indicador de pobreza o rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 por paridade de poder de compra em 2017, valor equivalente à renda diária mencionada anteriormente (R$ 15,93).

Para os cálculos, o Diário do Nordeste adotou a estimativa populacional do estudo, que considera 9.339.000 (nove milhões, trezentos e trinta e nove mil) habitantes no Estado.

Mais de um milhão de pessoas sobrevivem com renda diária de R$ 8,48 no Ceará.

Segundo o indicador de pobreza atualizado da pesquisa, 21,3% da população cearense, correspondendo a aproximadamente 1, 9 milhão de pessoas, subsistem com uma renda diária de R$ 8,48 (R$ 254,40 mensais).

Uma situação ainda mais crítica é observada entre os 9% da população, cerca de 840 mil pessoas, que vivem com uma renda de apenas R$ 5,00 por dia, resultando em R$ 150,00 por mês.

Apesar disso, índice de Gini no Ceará se mantém o menor da série história.

O Ceará apresentou o menor índice de Gini da série histórica iniciada em 2012, registrando 0,513, segundo o estudo. Esse indicador é utilizado para medir o grau de concentração de renda em uma determinada população.

A metodologia considera que os valores mais próximos de zero indicam menor desigualdade, enquanto valores mais próximos de um indicam maior desigualdade.

Abaixo, veja a série histórica:

2023: 0,513

2022: 0,518

2021: 0,549

2020: 0,544

2019: 0,562

2018: 0,547

2017: 0,547

2016: 0,543

2015: 0,528

2014: 0,522

2013: 0,537

2012: 0,545

 

Diário do Nordeste

Postar um comentário

0 Comentários