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‘Pensar em matar alguém não é crime’, diz Flávio Bolsonaro sobre plano contra Lula, Alckmin e Moraes.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), escreveu em seu perfil do X (antigo Twitter) que “por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”, se referindo ao suposto conluio investigado pela Polícia Federal (PF), que prendeu cinco suspeitos nesta terça-feira, 19, por tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

(Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

O senador afirmou na mesma publicação que é autor de um projeto de lei que criminaliza ato preparatório de crimes como esse, que implique em lesão ou morte de três ou mais pessoas. “Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, escreveu.

O projeto de lei foi apresentado pelo senador em abril de 2023, e tem como justificativa “prevenir crimes como os recentes massacres que presenciamos em escolas brasileiras”. O texto aguarda distribuição na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O plano, segundo as investigações, envolvia o assassinato de Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022.

Ao Estadão, o pastor Silas Malafaia corroborou os argumentos de Flávio. “Desejar não quer dizer nada. Eu repudio qualquer desejo maléfico contra qualquer pessoa, tá certo? Agora, onde é que tá materialidade do crime? Tudo é o jogo da farsa do golpe.”

O pastor qualificou o caso como “mais uma narrativa para incriminar Bolsonaro” e se referiu ainda aos presos pela invasão dos prédios nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. “Se esses caras queriam dar um golpe, o que é que aquele povo que estava lá tem com isso?”, citando “faxineiras”, “donas de casa” e “idosos”.

Os argumentos têm sido usados por bolsonaristas que mantém viva a esperança de que uma anistia seja concedida aos golpistas, o que pode beneficiar Bolsonaro, investigado em inquéritos e indiciado duas vezes.

MSN

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