Um estudo realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou uma redução drástica na vazão do rio São Francisco, cujo volume de água caiu mais da metade entre 1991 e 2020. Os dados indicam que o “Velho Chico,” cuja vazão ultrapassava 4.500 m³/s há três décadas, agora apresenta índices abaixo de 1.000 m³/s em períodos de seca extrema, como o atual.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A situação se agravou com a
redução do volume de água em todos os 168 afluentes do rio, afetando
diretamente as comunidades que dependem do São Francisco para abastecimento e
agricultura. Segundo o meteorologista da Ufal, Humberto Barbosa, a diminuição de
60% da vazão se deve às temperaturas mais altas, que aumentam a demanda de água
pelas plantas, solos e atividades humanas.
Barbosa também destacou que o
desmatamento nos últimos 20 anos acelerou o processo de escassez. “O que a
gente vê no futuro é que o São Francisco pode secar ainda mais”, alertou o
especialista, ressaltando a urgência de políticas de preservação e recuperação
do bioma para mitigar o impacto das mudanças climáticas.
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