As eleições para a Assembleia Legislativa ou para as Câmaras Municipais sempre foram palco de demonstração de forças, seja pelos caciques políticos ou pelos habilidosos estrategistas de bastidores, como se diz no jargão político.
O jogo de sedução política, onde o "sim" pode significar "não" e o "não" pode ser "sim", transforma tudo em muita surpresa e incertezas. É cada um por si nos cenários até o Dia D.
Foto: Fabiane de Paula/SVM |
Confiança e traição, nesses
contextos, são cúmplices ou, para alguns, irmãs gêmeas. No passado não tão
distante, principalmente em votações secretas, estratégias mais primitivas
foram usadas. Um exemplo é o de candidatos à presidência que, para garantir a
maioria dos votos, isolavam os parlamentares em locais desconhecidos, sem
divulgar o endereço, liberando-os apenas no dia do pleito.
Mais rudimentar do que isso,
impossível. O jogo de sedução política, onde o “sim” pode significar “não” e o
“não” pode ser “sim”, transforma tudo em muita surpresa e incertezas. É cada um
por si nos cenários até o Dia D.
Recentemente, o jornal O Povo
noticiou que o senador Cid Gomes não teria sido convidado para participar das
articulações relacionadas às eleições da Assembleia Legislativa do Ceará
(ALECE). O fato foi confirmado por ele publicamente. Em seguida, além de O
Povo, o jornalista Donizete Arruda, Avança Ceará e o Portal de Notícias do
Edson Silva, também divulgaram que o senador teria rompido com o grupo
governista.
Porém, não há declaração oficial
do Governador Elmano, do Ministro Camilo Santana ou do próprio Cid, confirmando
esse rompimento. E, três dias após o suposto afastamento, também não houve
nenhuma negativa sobre o assunto.
As cartas foram colocadas na
mesa, e os recados enviados — seja pelos Correios, pelos aliados dos líderes ou
pela turma do “deixa disso”. Talvez “amanhã seja um novo dia”, de paz e
reconciliação, revelando que tudo não passou de um mal-entendido noticiado pela
mídia.
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