O Pix é um sistema de pagamento imediato desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, foi lançado em novembro de 2020. Hoje, a plataforma é utilizada por milhões de brasileiros; em junho de 2024, contava com 165,8 milhões de usuários, sendo 151,8 milhões de pessoas físicas e 14,63 milhões de pessoas jurídicas.
Saiba como as novas mudanças no sistema de pagamento Pix, que entram em vigor no dia 1º de novembro, impactarão suas transações.
Evite fraudes: entenda as novas regras do Pix! | ( Reprodução/ Depositphotos )
A partir de 1º de novembro,
entrarão em vigor novas diretrizes para o sistema de pagamento Pix,
estabelecidas pelo Banco Central (BC). Essas regras visam aumentar a segurança
nas transações realizadas por meio do sistema, impondo um limite de R$ 200 para
operações efetuadas em dispositivos novos. Além disso, haverá uma restrição de R$
1 mil para o total diário de envios feitos a partir de celulares e computadores
não cadastrados nos bancos.
Assim, para realizar transações
de maior valor, os usuários precisarão registrar seus dispositivos, incluindo
celulares e computadores que ainda não estejam vinculados às suas contas
bancárias. As instituições financeiras participantes serão obrigadas a
implementar soluções para o registro, exclusão, alteração, portabilidade e
reivindicação das chaves Pix, bem como para a movimentação de recursos em
contas.
De acordo com o BC, essas
alterações visam combater fraudes e golpes, proporcionando um meio de pagamento
cada vez mais seguro para a população.
As principais mudanças incluem:
- A obrigatoriedade de que as
instituições financeiras utilizem uma solução de gerenciamento de risco de
fraude que integre as informações de segurança disponíveis no BC, permitindo a
identificação de transações Pix incomuns ou que não se alinhem ao perfil do
cliente.
- A disponibilização, em um
canal eletrônico amplamente acessível, de informações sobre precauções que os
clientes devem adotar para evitar fraudes.
- A verificação, a cada seis
meses, da existência de registros de fraudes na base de dados do BC para seus
clientes. Com isso, espera-se que as instituições tratem esses clientes de
forma diferenciada, podendo encerrar o relacionamento ou aplicar limites
diferenciados de tempo para autorizar transações iniciadas por eles, além de
bloquear cautelarmente as transações recebidas.
Quanto ao cadastro de
dispositivos, a realização de um Pix com valor superior a R$ 200 só poderá ser
feita a partir de um dispositivo (celular ou computador pessoal) previamente
registrado pelo cliente, com um limite diário de R$ 1 mil. Essa exigência visa
reduzir a probabilidade de que fraudadores utilizem dispositivos distintos
daqueles que o cliente já utiliza para gerenciar chaves e iniciar transações.
Importante destacar que a
obrigatoriedade de cadastro se aplica apenas a dispositivos que nunca tenham
sido utilizados para efetuar uma transação Pix pelo usuário. O intuito é
dificultar fraudes em que agentes maliciosos obtêm credenciais, como login e
senha, por meio de roubo ou engenharia social.
“O Banco Central continua
trabalhando para deixar o Pix cada vez mais seguro. As novas medidas
contribuirão para minimizar as chances de certos tipos de golpes acontecerem e
para que as instituições participantes usem de forma mais eficaz as informações
antifraude armazenadas aqui nos nossos sistemas”, afirmou em nota Breno Lobo,
chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado
Financeiro do Banco Central.
Além disso, o BC anunciou que o
lançamento do Pix Automático ocorrerá em 16 de junho de 2025. Esse mecanismo
facilitará cobranças e poderá ser utilizado como método de recebimento por
empresas de diversos setores, incluindo prestadoras de serviços públicos,
instituições de ensino, academias, clubes sociais, planos de saúde, serviços de
streaming e empresas financeiras.
Para os pagadores, essa forma
de pagamento proporcionará mais comodidade. Com a autorização prévia pelo
celular, os usuários poderão permitir débitos periódicos de forma automática,
sem a necessidade de autenticação em cada transação. Para os recebedores, essa
funcionalidade pode aumentar a eficiência, reduzir os custos relacionados às
cobranças e diminuir a inadimplência.
Fonte:InfoMoney
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