Mesmo em meio a investigações de suposta organização criminosa ligada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, a Globo decidiu, nesta terça-feira (10), manter os contratos publicitários com a empresa Esportes da Sorte, principal apontada nas investigações.
Dono da Esportes da Sorte foi preso na mesma operação que Deolane Bezerra.
Emissora interpretou que investigação não impede as negociações ou a atuação da empresa | (Reprodução) |
O dono da empresa, Darwin
Henrique da Silva FIlho, foi preso na mesma operação que prendeu a
influenciadora e empresária Deolane Bezerra. A Esportes da Sorte, no entanto,
segue com suas atividades no mercado brasileiro, e a Globo interpreta que não
há, pelo menos por enquanto, nenhum problema que impeça a operação da empresa e
que uma negociação com ela não viola termos de negociação da área comercial.
Um exemplo usado internamente
foi o da JBS, a dona de marcas como a Friboi. Seus donos foram presos em 2017
em uma operação da Polícia Federal, mas a empresa seguiu investindo em
publicidade na Globo.
No caso da Esportes da Sorte, o
assunto chegou a ser discutido por ser uma empresa de apostas esportivas,
acusada de ter jogos ilegais em suas plataformas. Atualmente, ela tem contratos
apenas para anúncios em intervalos comerciais. Alguns deles estão previstos
para irem ao ar em intervalos de jogos de futebol que serão transmitidos pela
Globo nesta semana.
Neste ano, a casa de apostas
pagou cerca de R$ 80,2 milhões para patrocinar o BBB 24. Foi a primeira vez que
uma banca anunciou no principal reality show da Globo.
Em nota, a Esportes da Sorte
diz que tem prestado esclarecimentos no inquérito desde março de 2023 e que há
"interpretação precipitada e equivocada dos fatos".peração policial
será impugnada perante o juízo competente, demonstrando-se que houve
interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise
ou consideração dos argumentos já apresentados. Tanto é assim que a autoridade
policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da
empresa", diz a manifestação.
Procurada, a Globo diz que não
vai comentar o caso.
Autor:Gabriel Vaquer/Folhapress
e Rafael Miyake
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