Com sete homicídios em diferentes bairros, o mês de julho teve dois assassinatos a mais que junho ou 28,5% de acréscimo. Já na comparação com julho de 2023 foi um a mais, pois, naquele período do ano passado, tivemos seis ou acréscimo de 14%. Assim, são quatro homicídios em janeiro, seis em fevereiro, 18 em março, nove em abril, oito em maio, cinco em junho e sete no mês passado.
Com sete homicídios em diferentes bairros, o mês de julho teve dois assassinatos a mais que junho ou 28,5% de acréscimo.
“Corró” foi morto a tiros no bairro Pedrinhas e “Brainha” no Santa Tereza (Foto: Reprodução) |
Segundo levantamento feito pelo
Site Miséria, em julho os bairros onde houve o registro de homicídios foram
Santa Tereza (02 ou participação de 28,5%), São José, Frei Damião, Triângulo,
Pedrinhas e João Cabral com um cada. Já no acumulado do ano, o bairro João
Cabral segue como o mais violento com 11 homicídios de um total de 57 ou 19% da
matança em Juazeiro.
O mês de julho fez o ano ficar
ainda mais violento. Em 2023, eram 51 homicídios contra 57 este ano ou cinco a
mais representando um acréscimo de 10,5% na violência. Eis a relação dos
homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:
Dia 02 – Simonia Rodrigues de
Lima Santos, de 50 anos, que residia na Rua Leonardo da Silva Fontes na Vila
Real (São José) e era auxiliar de merendeira na Creche Padre Francisco Jacinto
de Barros na Rua Chanceler Edson Queiroz (Triângulo), morreu no HRC. No dia 2
de fevereiro ela seguia ao trabalho numa moto quando foi abordada por um menor
de 16 anos que tomou o veículo e atirou na mesma. O crime aconteceu na Rua
Gonçalo Alves de Paiva no bairro São José e ele foi apreendido momentos depois com
dois revólveres. O menor já era suspeito de latrocínio contra outro funcionário
público e motorista de ônibus escolar Aldecir Soares dos Santos, de 51 anos,
baleado no dia 23 de outubro de 2023 e morreu dois meses depois.
Dia 05 – Joel Ventura de Lima,
de 24 anos, que residia na Rua José Poeta Mergulhão de Sousa (Frei Damião), foi
morto a tiros e facadas num matagal caindo dentro de córrego em meio a lamaçal
na Rua Francisco Martins perto do CAIC naquele bairro. Ele já tinha sofrido
atentado à bala há poucos dias e respondia por contravenção penal, assaltos e
porte de arma de fogo.
Dia 07 – Luiz Carlos Nunes dos
Santos, de 37 anos, que residiu na Rua 22 de julho (Limoeiro), morreu no HRC
após ser esfaqueado no dia anterior no bairro Triângulo. Ele respondia por
furtos, assaltos, arrombamentos, tráfico de drogas, violência doméstica e
homicídio. No dia 10 de novembro de 2006 matou o seu colega de cela na
Penitenciária do Cariri, Luiz Ricardo Rodrigues Mota, de 25 anos, a golpes de
cossoco.
Dia 07 – Jeferson Micael
Caetano Abílio, de 31 anos, o “Corró”, que residia no Sítio Catolé em Crato e
era sapateiro, foi morto a facadas perto da casa de familiares na Rua Francisca
Pereira Lopes da Vila São Francisco (Pedrinhas). Ele bebia com “Seu Assis”, de
76 anos, na residência do acusado quando houve discussão e “Corró” saiu
correndo do imóvel derramando bastante sangue e caindo em frente. O mesmo não
respondia crimes e populares tentaram arrombar a porta do idoso para linchar,
mas foram contidos e “Seu Assis” preso.
Dia 21 – José Weliton Barbosa Silva, de 25 anos, o “Brainha” que morava na Rua Rui Barbosa (Santa Tereza), morreu após briga de facas na Faixa de Gaza com a travesti Profiro Raimundo Diego da Silva, de 21 anos, a Daniele, quando usavam drogas e ela também faleceu. Ele usava tornozeleira eletrônica e respondia por assaltos, furtos, lesões corporais, receptação e tráfico de drogas.
Dia 21 – Porfiro Raimundo Diego
da Silva, de 21 anos, a Daniele, que residia na Travessa Dr. Francisco Monteiro
(Triângulo), foi a outra vítima do entrevero com faca na Faixa de Gaza (Santa
Tereza). Era travesti e respondia por tráfico de drogas, furtos, desacato, dois
roubos e possuía histórico de violações do monitoramento eletrônico.
Dia 26 – Cícero Antonio Unias
de Lima, de 30 anos, que residia na Rua Capitão Coimbra (João Cabral) e era
autônomo, morreu na casa de parentes na Rua Luis Silva Soares (São José) em
Juazeiro. No dia 11 de dezembro de 2023, sofreu atentado à bala em frente à sua
casa e ficou entre idas e vindas ao hospital, mas terminou falecendo. Ele não
respondia procedimentos criminais.
Demontier Tenório/Miséria
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