A falta de cuidado com o meio ambiente pode causar inúmeras consequências como o aumento das temperaturas, o que é uma preocupação em todo o mundo.
Descubra os impactos da onda de calor no Brasil e aprenda como se proteger. Inmet emite alerta vermelho para altas temperaturas em várias regiões.
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O Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta quarta-feira (21), um alerta vermelho de
onda de calor para diversas regiões do Brasil, válido até as 18h de sexta-feira
(23). As temperaturas podem chegar a até 5°C acima da média histórica,
representando um risco significativo à população.
O alerta vermelho, o mais alto
na escala do Inmet, indica "grande perigo" e reflete um agravamento
da onda de calor que já atinge o Brasil desde a semana passada. O fenômeno
afeta estados como Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
Apesar de alertas anteriores de
menor gravidade, várias regiões do país já vinham enfrentando condições
extremas, com temperaturas superiores a 40°C e umidade relativa do ar em níveis
críticos, comparáveis aos de regiões desérticas. Em Cuiabá, por exemplo, os
termômetros chegaram a 39,6°C nesta quarta-feira, com umidade mínima de apenas
10%.
Previsão do Tempo e Impactos
A previsão para quinta-feira
(22) em Cuiabá é ainda mais severa, com máxima de 41°C e mínima de 28°C durante
a madrugada. Outras localidades, como Araguatins, no Tocantins, e a região
norte de São Paulo, também enfrentarão temperaturas elevadas, com picos de até
38°C e 34°C, respectivamente.
Essa onda de calor é
impulsionada por uma massa de ar seco estabilizada no centro do Brasil, que
também contribui para a baixa umidade do ar. O Inmet emitiu um alerta adicional
sobre os níveis de umidade, que podem variar entre 20% e 30%, mas em algumas
áreas, como Amambaí (MS), já foram registrados índices de apenas 9%.
Aumento nas Queimadas e Risco
Energético
As altas temperaturas e a baixa
umidade criam condições ideais para a proliferação de queimadas. No Pantanal, o
número de focos de calor disparou, com um aumento de 1.979% em relação ao ano
passado. De 1º de janeiro a 20 de agosto de 2023, foram registrados 378 focos,
enquanto em 2024 esse número subiu para 7.862, segundo dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Cerrado, outro bioma
gravemente afetado pela onda de calor, registrou 28.650 queimadas em 2024, um
aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora a Amazônia
não esteja diretamente sob a onda de calor, a baixa umidade relativa do ar tem
causado um aumento significativo nas queimadas, com 43.191 incêndios
registrados até a última terça-feira, um crescimento de 83% em comparação a
2023.
A situação também acendeu um alerta no setor elétrico. Devido à escassez de chuvas e à consequente baixa nos níveis dos reservatórios hidrelétricos, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o acionamento de termelétricas a partir de outubro para garantir o abastecimento de energia no país.
Autor:Laura Vasconcelos-
Fonte:Metrópoles
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