A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que as duas caixas-pretas do avião da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (9), chegaram ao seu laboratório, na manhã deste sábado (10), para a extração dos dados.
Informações obtidas das caixas-pretas pode determinar as causas do acidente. No entanto, pela complexidade do caso, resultado pode demorar anos.
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Caixas-pretas do avião da Voepass já estão no laboratório da FAB | Reprodução/FAB |
O avião ATR-72, que estava
equipado com duas caixas-pretas, tinha uma delas registrando os parâmetros de
voo, como velocidade, altitude e potência dos motores, enquanto a outra
armazenava a comunicação entre os pilotos.
Ainda não há um prazo definido para o acesso às informações. Segundo a FAB, o trabalho de extração dos dados já começou e deve prosseguir de forma contínua nas próximas horas. Contudo, não foi estabelecida uma data específica para quando os investigadores conseguirão acessar os registros.
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Os técnicos da FAB analisam as caixas-pretas do avião da Voepass |Reprodução/FAB |
O primeiro passo é verificar a
viabilidade de obter os dados das caixas-pretas. Se o impacto for muito
significativo, a coleta das informações pode não ser possível no Brasil. Nesse
caso, seriam solicitados recursos internacionais para ajudar na análise. Os
equipamentos poderiam ser enviados a agências de investigação de outros países
ou aos fabricantes, na tentativa de acessar o material.
Os investigadores explicaram que,
com as informações das caixas-pretas, será possível reconstruir os momentos
finais do voo. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirmou que
dispensou a Voepass de cumprir alguns requisitos relacionados à caixa-preta que
grava a comunicação dos pilotos. As causas do acidente poderão ser investigadas
por outros meios.
Além da extração dos dados das caixas-pretas, os investigadores estão realizando estudos no local da queda, em Vinhedo. Após essa etapa, será iniciada a análise das atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos.
O Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) planeja divulgar um relatório
preliminar do acidente dentro de 30 dias. No entanto, por se tratar de uma
investigação baseada em métodos científicos, a apuração pode levar anos.
Autor:Alexandre Nascimento com
informações do UOL
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