A polêmica envolvendo o esquema investigado pela Polícia Federal que apura se Bolsonaro e ex-assessores desviaram peças presenteadas ao ex-presidente enquanto estava no cargo, continua a ser assunto de intensas discussões nas pautas políticas.
Após o indiciamento de Bolsonaro no inquérito que apura desvio de joias do acervo presidencial, o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro sugere que o príncipe da Arábia Saudita peça joias de volta.
Entre as peças, estariam presentes da família real saudita que pela lei é de . | (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Após o indiciamento de Jair
Bolsonaro, o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugeriu na
última segunda-feira (08) que o príncipe da Arábia Saudita peça de volta as
joias presenteadas ao pai. "Por favor, Mohammad, peça de volta esses
presentes", disse.
Em entrevista à CNN, Eduardo
Bolsonaro afirmou que "não há qualquer possibilidade de existir
justiça" em meio a uma investigação que teria "clara intenção de perseguir"
o ex-presidente.
VEJA UM TRECHO DO VÍDEO QUE
CIRCULA NA INTERNET:
A Polícia Federal indiciou Jair
Bolsonaro e mais 11 pessoas no inquérito que investiga o desvio de joias do
acervo presidencial. Agora, a decisão fica a cargo da Procuradoria-Geral da
República (PGR) decidir se oferece denúncia ou pede arquivamento do caso.
O Ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório. Segundo a
investigação, o desvio de itens chega a R$ 6,8 milhões.
Entre as peças, estariam
presentes da família real saudita. Ainda de acordo com o relatório da PF, há
uma lista de indícios de que Bolsonaro sabia de toda a operação que envolveu a
venda e resgate dos itens, que deveria ser propriedade do Estado brasileiro.
Entre os indícios, estão uma
troca de mensagens em que o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, envia ao
ex-presidente o link de um leilão on-line com o kit de relógio Chopard, um
terço, uma abotoadura e um anel. Em resposta, Bolsonaro escreveu
"selva", jargão militar para "ok".
No relatório, a corporação
afirma que Bolsonaro seria o principal beneficiário do esquema, com suspeita de
receber, de "forma fracionada", parte dos valores das joias para
bancar sua estadia nos Estados Unidos, onde embarcou no dia 30 de dezembro do
2022 e permaneceu até o fim de março de 2023.
Ainda segundo a Polícia federal,
foi constatado que o ex-presidente "possivelmente não utilizou
recursos" de suas contas no Banco do Brasil (BB América) para custear seus
gastos nos Estados Unidos e que "tal fato indica a possibilidade de que os
proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias" podem ter sido
utilizados para custear as despesas em dólar.
Autor:Letícia Corrêa
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