Brasil e Argentina podem se enfrentar apenas em uma possível final de Copa América 2024, mas o duelo já começou pelo nas entrevistas, com um atleta da Seleção Brasileira apontando favoritismo para os “Hermanos”.
Marquinhos joga responsabilidade para a Argentina que é a atual campeão do torneio e da última Copa do Mundo.
Marquinhos joga responsabilidade para o maior rival da Seleção Brasileira na Copa América | Rafael Ribeiro / CBF
O zagueiro Marquinhos afirmou
que a Argentina, por ser a atual campeã da competição, é a seleção a ser batida
na Copa América. Para o defensor, o Brasil precisa mostar em campo que também é
um dos favoritos.
Favoritismo argentino:
"Acho que a atual campeã é sempre a equipe a ser batida. Mas independente
do momento, a gente viu a seleção argentina ganhar da gente na Copa América e a
gente vivia momento melhor. Isso não quer dizer nada. Dentro de campo, muita
coisa muda."
E o Brasil? "Pela história
e camisa, vamos estar focados. Mas o dentro de campo vai falar muita coisa.
Equipes em bom momento talvez não sejam campeãs. Cada seleção vai fazer a sua
história. Brasil sempre será um dos favoritos, mas dentro de campo temos que
mostrar."
Preparação para melhorar
detalhes. "Temos um time com qualidade ofensiva muito boa. Tivemos
bastante foco na transição e de pós-perda. Se estamos pressionando em bloco,
que todos saibam o que fazer. Se estamos em bloco mais baixo, sabendo o que
fazer, as coberturas dos volantes, o ponta fechando do lado contrário. Foram
detalhes que a gente focou bastante. Sem esquecer que a seleção brasileira é
alegria de jogar. Com campos menores, isso ajuda a fase defensiva, dificultando
a parte ofensiva, principalmente se encontrarmos seleções mais fechadas. É
importante ter estratégias. Esse tempo a gente procurou melhorar esses
detalhes."
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DO
ZAGUEIRO MARQUINHOS EM ENTREVISTA COLETIVA:
Balanço
Foi um tempo de preparação
muito produtivo. Penso que para o professor e nós jogadores de ver muita coisa
e testar muita coisa. Eu pude colher muitas informações. Um novo treinador, um
novo ciclo, uma nova identidade que estamos tentando criar. Esses dias foram
muito bons e produtivos.
O lado extracampo também foi
muito bom, tranquilo, organização boa, tivemos tudo a nosso favor, questão de
hotel, treinamento, tranquilidade para poder trabalhar. Tivemos alguns dias de
folga, conseguimos ir ao parque, passear, sem problemas. Tudo isso acho que
influencia na preparação. A gente sabe que está longe do perfeito. Estamos
sempre tentando melhorar e aprimorar o que a gente pode, principalmente em
questões de resultado. Mas para um começo de ciclo, foi favorável.
Reformulações no PSG e seleção
São ciclos. A seleção e o
PSG... eu já venho vivenciando alguns ciclos. Tempo passa, jogadores vão e vem,
principalmente em grandes clubes e seleção. Tem que estar sempre em alto nível.
A gente tenta se adaptar da melhor forma. Um jogador para ser grande tem que
saber se adaptar com esses momentos. A gente tenta se adaptar da melhor forma.
Futebol não tem regra de sucesso muito clara. Tem time que troca tudo e deram
certo. Outros, trocaram tudo e tiveram dificuldades. Vai muito do momento, do
treinador, dos jogadores, da compreensão, da inteligência. Isso influencia nos
resultados. Mas acho que com a experiência que a gente tem na seleção, mesmo
com jogadores jovens, eles têm muita inteligência e eles vão se adaptar para
melhorar o processo e encontrar a melhor forma de jogar.
O que ainda não está perfeito
Acho que todo começo de ciclo é
difícil ser perfeito. Já vivenciei alguns e nenhum foi perfeito. É normal. É
isso que estou tentando falar com os jogadores que estão chegando. Às vezes, a
gente quer resultados, que tudo esteja perfeito de imediato. Mas isso acaba
levando tempo. Por mais que joguemos juntos há tempo, a transição tem detalhes
que precisamos melhorar. A gente viu na questão de desempenho dentro dos jogos
que é normal que a gente tenha coisas a melhorar. A gente viu essas coisas no
treinamento, com vídeos, questões táticas, defesa, ataque, cobertura,
transição. São detalhes que sempre podemos melhorar, aperfeiçoar a calibrar
mais. Até mesmo times que estão quatro, cinco anos juntos é difícil falar que
está tudo perfeito. A gente tem essa consciência que a gente pode melhorar e
estamos buscando acelerar essa perfeição. Chegar próximo o mais rápido
possível.
Saúde Mental
É uma parte de extrema
importância. Cada vez mais a gente vê o quanto está deixando de ser uma coisa
de não se falar ou se preocupar. Todos, independente do ramo, seja seleção
brasileira ou uma pessoa que está em casa. Todos têm que estar com psicológico
e saúde mental bem. Quanto mais a gente vem vivenciado, sabemos lidar com as informações,
os momentos. Já vivi momentos muito bons e muito ruins dentro da seleção.
Sabemos o quanto é importante para todos os jogadores essa questão da saúde
mental. A gente tem conversado, tendo dinâmica de grupo, sabendo que é ajuda
psicológica esportiva, para a gente estar focado no nosso trabalho de metas e
objetivos. Ela está aqui para ajudar com as metas do nosso dia. É mais isso.
Está sendo muito importante. É conversa, a vida é isso, futebol é isso, a
seleção é isso.
Referência na seleção
No futebol, acontece tudo muito
rápido. Um dia eu tava vivenciando aqui com ídolos, com pessoas que eu me
inspirei muito, que eu idolatrei. Alguns anos depois, estou podendo exercer
esse papel. Nada forçado. Tudo é uma questão de tempo, de história, de dia a dia
com eles também. Eu tento viver de uma forma normal, me aproximar cada vez mais
dos jogadores que estão comigo. Quando o Thiago, David ou Miranda vinham falar
alguma coisa, eu sei o quanto escutava e assimilava para mim. Eu vou falar,
conversar. Até mesmo quando eu não presto atenção, tem que estar atento com
suas atitudes. Tem sempre alguém vendo. No clube também. Sei do meu papel e
tento trazer da melhor forma para a seleção. Ajudar de alguma forma esses
meninos. Eu sei que tenho que estar sempre lutando pelo meu lugar. Ninguém tem
lugar cativo. Eles tão vindo muito bem. Uma geração de zagueiros que vive um
grande momento. Uma concorrência sadia e uma admiração comigo que eu possa
ajudar de alguma forma.
Calor
É um aspecto importante. A
gente veio para cá antes para se adaptar da melhor forma. Com dimensões do
campo. Fazendo com as dimensões da COpa AMérica. E a gente tem que ter atenção
a mais com calor. Todos são profissionais para se preparar da melhor forma. A
CBF está colocando a nosso favor para se hidratar bem, com pausas de
treinamentos. Antes de treino e pós-jogo tem controle de hidratação. Para que
os jogadores não percam muito peso. Todos sabem como fazer. A CBF faz um
trabalho de apoio importante.
Copa América pavimenta Copa do
Mundo?
A Copa América é uma competição histórica. Tem um peso grande ser campeão. É isso que a gente vem citando. A gente sabe a diferença quanto é bom ganhar e quanto é ruim perder. A gente leva isso com a gente, como bagagem. A gente passa essa informação para os que estão jogando pela primeira vez com a seleção. Ser campeão, para o ciclo, é muito bom. Foi bom para a gente e para a Argentina. Pode criar uma onda positiva, um caminho vencedor. É uma competição importante. São quase 20 dias trabalhando firme. A maioria em final de temporada, mas estamos trabalhando, tentando colher o máximo de informações para chegar à competição dando valor. Sabemos a diferença do ganhar e do perder. Todos são jogadores de alto nível e têm DNA de vencedor dentro deles. Por isso chegaram até aqui.
Autor:Diego Beckman, com
informações da Folhapress
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