As mudanças climáticas podem causar tragédias naturais imensuráveis em muitos lugares do mundo. No Brasil, uma tragédia está ocorrendo no Sul do País e a previsão é de que as chuvas fortes ainda estejam longe de parar.
O Instituto Metsul informou que a previsão para os primeiros 15 dias de maio seja de 200 a 400% acima da média mensal em algumas localidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Número de mortos nas enchentes do Rio Grade do Sul subiu para 83. | (Reprodução)
Porto Alegre e diversas regiões
do Rio Grande do Sul enfrentam as piores enchentes já registradas na história
do estado. Segundo a Defesa Civil gaúcha, em dados divulgados nesta
segunda-feira (6), pelo menos 83 pessoas perderam a vida devido às inundações,
e outras 88.000 estão desabrigadas.
De acordo com o Metsul, instituto
de previsão meteorológica, a situação climática atual pode levar algumas
regiões do país a enfrentar novos extremos ao longo do mês. A empresa alerta
que o Sul do Brasil está enfrentando o choque entre duas massas de ar: uma
quente, que se estende pelo Centro e Sudeste do país, e outra fria, originada
na Argentina.
Essa combinação tem resultado em
chuvas muito acima do normal desde meados de abril e deve continuar nas
próximas duas semanas. O Metsul divulgou um boletim afirmando que maio de 2024
será um dos mais extremos da história climática brasileira, com temperaturas e
chuvas muito acima do comum para esta época do ano, especialmente no Sul e
Sudeste.
Os meteorologistas do instituto
também relacionam parte do calor excessivo registrado no Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do Brasil ao fenômeno El Niño, que consiste no aquecimento das
águas do Oceano Pacífico na costa sul-americana.
A previsão é de que os primeiros
15 dias de maio registrem chuvas de 200% a 400% acima da média mensal em
algumas localidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, podendo chegar a
acumulados de 300 mm a 500 mm em certos municípios. Essas condições climáticas
podem resultar em novas cheias de rios, alagamentos, inundações, quedas de
barreiras e deslizamentos de terra.
Os meteorologistas alertam que as
chuvas intensas devem persistir até a segunda metade do mês. No Sudeste, as
temperaturas máximas devem se assemelhar ao verão, com registros de até 40ºC ou
mais. O Metsul também adverte que o número de queimadas pode aumentar
consideravelmente devido ao tempo seco e excessivamente quente.
Autor:Laura Vasconcelos com
informações da Veja
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