O Ceará vai receber R$ 256 milhões para investimentos em 72 municípios da região do semiárido. O montante foi anunciado nesta quarta-feira, 15, em cerimônia realizada no Palácio da Abolição, sede do Governo em Fortaleza, e deverá beneficiar cerca de 63 mil famílias cearenses.
Imagem de apoio ilustrativo: expectativa é de que 250 mil cearenses sejam beneficiados com a iniciativa Crédito: Divulgação/Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará
O investimento faz parte do
projeto “Sertão Vivo”, uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola
(Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os recursos somam R$ 1,8 bilhão
e serão divididos em operações nos nove estados do Nordeste. Ao todo, a
iniciativa tem por objetivo auxiliar 500 mil famílias de pequenos agricultores
em toda a região no enfrentamento aos efeitos das mudanças climáticas.
Quando lançado em edital, ainda
em julho de 2023, o somatório dos investimentos atingia a marca de R$ 1 bilhão.
Ainda no ano passado, o projeto foi ampliado para atender às nove unidades
federativas nordestinas.
“Com essa suplementação no
valor previsto inicialmente, o BNDES reafirma o compromisso com o enfrentamento
da crise climática, que tem gerado tragédias cada vez maiores e frequentes.
Esse novo montante vai permitir que os benefícios da iniciativa cheguem a todos
os estados da região Nordeste, contemplando a preservação dos mais diversos
biomas”, explicou, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O valor será destinado à
implementação de sistemas de produção resilientes a mudanças climáticas (como
quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga,
adaptadas ao semiárido) e a construção de reservatórios de água para uso na
lavoura, como cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens
subterrâneas.
Para a diretora regional do
Fida para a América Latina e o Caribe, Rossana Polastri, o amparo aos pequenos
agricultores é de suma importância não apenas para quem produz, mas também para
os consumidores que se valem dos insumos fornecidos por eles.
"A agricultura familiar é
essencial para mudar essa realidade, pois produz a maior parte dos alimentos
que chegam à mesa dos brasileiros e emprega três quartos da força de trabalho
agrícola. É fundamental que apoiemos os agricultores familiares a se adaptarem
às mudanças climáticas, desempenhando um papel fundamental na redução da fome e
da pobreza no País", afirma em nota a diretora regional do Fida para a
América Latina e o Caribe, Rossana Polastri.
O recebimento do montante será
realizado de duas formas. A primeira delas será por meio do financiamento de R$
212 milhões a serem honrados pelo Estado, com garantia da União. Os R$ 39,6
milhões restantes serão fornecidos de forma não reembolsável.
Os beneficiários finais da
iniciativa, que são os agricultores familiares, recebem o apoio integralmente
de forma não reembolsável.
Fonte: O Povo
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