A Justiça Restaurativa vem se fortalecendo cada vez mais no Ceará, com espaços de construção de paz e quebra de uma cultura voltada à violência. Na Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih), essa atuação passa tanto pelas ações institucionais como pela participação social, com o Conselho Interinstitucional de Justiça Restaurativa, Mediação e Cultura de Paz.
Na tarde da última terça-feira
(14), a experiência do Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do
Estado do Ceará (Nujur) foi compartilhada em reunião do colegiado. O Nujur é
responsável por coordenar as práticas restaurativas no âmbito do Tribunal de
Justiça do Ceará (TJCE), solucionando conflitos a partir do diálogo e da
reparação das perdas.
“Estamos diante de uma
verdadeira justiça social. Ver uma magistratura humana nos faz sentir que
alguma coisa pode acontecer de bom no universo. Somos humanos e temos que nos
entender dessa forma. Estamos vivendo hoje a reconstrução de uma justiça que
ficou para trás e isso vai servir não só como exemplo, mas como história de
vida”, celebra a secretária dos Direitos Humanos, Socorro França.
O Nujur foi apresentado pela
juíza coordenadora, Deborah Cavalcante, que explicitou as ações realizadas pelo
Núcleo. “Quando se falava Justiça Restaurativa no Tribunal inicialmente,
tratava-se apenas de infância e juventude. Nós entendemos que tinha que mudar e
ir pra todas as áreas possíveis. Formamos esse grupo que, com muita
sensibilidade, criou o Nujur e está sempre em crescimento e aprendizado”, afirmou
a conselheira e desembargadora Andrea Delfino, que supervisiona essa atuação no
TJCE.
O encontro aconteceu na sede da
Justiça Federal no Cerá (JFCE) e contou com a presença da juíza federal Gisele
Sampaio, diretora do foro da Seção Judiciária do Ceará. “A Justiça Restaurativa
não é só uma prática, é uma filosofia de vida que permeia várias áreas,
tornando impossível conhecê-la e ficar indiferente a ela. Aqui na JFCE estamos
trazendo-a para o âmbito administrativo, onde vamos estruturar uma célula para inseri-la
no dia a dia do órgão”, pontuou a juíza.
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