Dois detentos conseguiram escapar da penitenciária federal de segurança máxima localizada em Mossoró, no Rio Grande do Norte, a uma distância de 277 quilômetros de Natal, em fevereiro deste ano. Este episódio marcou a primeira fuga desde a instituição desse sistema em 2006, projetado para isolar líderes de facções criminosas e prisioneiros perigosos em todo o país.
Os dois fugitivos tinham como destino a Bolívia e passaram por diversas cidades do Pará, incluindo Belém.
Momento da prisão dos fugitivos de Mossoró | ( Reprodução )
Os fugitivos permaneceram em
liberdade por 50 dias até serem capturados em Marabá, uma cidade no Pará. A
Polícia Federal de Mossoró, em cooperação com suas contrapartes no Pará,
monitorou e coordenou a prisão. O processo de captura envolveu a abordagem de
vários veículos, incluindo um carro preto onde Deibson Cabral Nascimento,
apelidado de "Tatu", foi detido, e um carro branco onde estava Rogério
da Silva Mendonça, conhecido como "Martelo", além de outros
cúmplices.
O dia da prisão começou cedo
para os fugitivos, passando por várias cidades até chegar a Marabá, onde foram
finalmente interceptados pela polícia. Durante o período de fuga, a Polícia
Federal obteve autorização judicial para monitorar as comunicações telefônicas
dos fugitivos, revelando conversas de Rogério da Silva com uma mulher, nas
quais ele expressava desejo de se casar e surpresa por estar novamente livre.
Além disso, Rogério mencionou
planos de deixar o país, indicando a Ilha de Mosqueiro, no Pará, como um
possível ponto de partida. As investigações revelaram que os fugitivos viajaram
de barco pela costa, partindo de Icapuí, no Ceará, antes de se dirigirem à
Bolívia, com uma parada inicial na região de Baraúna, no Rio Grande do Norte.
Após a prisão, os seis
fugitivos foram encaminhados à delegacia da Polícia Federal em Marabá, onde
permaneceram em silêncio durante os interrogatórios. Deibson e Rogério foram
posteriormente transferidos de volta para a unidade de segurança máxima de
Mossoró, enquanto os outros quatro cúmplices, identificados como membros do
Comando Vermelho, permaneceram sob custódia em Marabá, acusados de auxiliar na
fuga dos líderes.
Autor:Thayná Coelho, DOL. Com
informações Portal Amazônida
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