Os volumes de chuvas registrados em 2024 e em 2023 afetaram diretamente os reservatórios hídricos do Ceará. Atingindo 56% da capacidade, os açudes estão no melhor nível desde 2012. Entre eles, Castanhão (Alto Santo), Orós (Orós), Banabuiú (Banabuiú), Araras (Varjota) e Figueiredo (Alto Santo), os cinco maiores do Estado, receberam aportes consideráveis e superam marcas da última década.
Sangradouro do açude Araras em Varjota (Foto: Emanuell Coelho)
O Castanhão, maior barragem da
América Latina, está com 35,61% da capacidade preenchida. A última vez que o
açude alcançou esse volume foi em 2014. Naquele ano, no entanto, a quantidade
estava em decréscimo quando comparada aos anteriores. Hoje, a porcentagem
representa uma considerável recuperação do nível do açude.
Apenas de janeiro a abril, o
Castanhão teve recarga de 919 hectômetros cúbicos (hm³), o equivalente a 919
bilhões de litros de água. É o açude com maior aporte em 2024, conforme dados
da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
O Orós, segundo maior
reservatório do Ceará (e do Brasil), recebeu 494 hm³ de aporte e atingiu 73,57%
da capacidade hídrica. A barragem não chegava a esse volume desde 2012,
primeiro ano da mais longa seca da história do Estado.
Já o terceiro maior açude do
Estado, o Banabuiú, está 42,14% cheio, marca que não é registrada desde 2013.
Ele recebeu 107 hm³ de aporte em 2024.
O único entre os maiores açudes
que está sangrando é o Araras. Com 859,5 hm³ de capacidade, é o segundo ano
seguido que o quarto maior reservatório do Estado chega a 100% do volume. Em
2023, o Araras também atingiu a sangria, o que não ocorria desde 2011.
Mais jovem do ranking, o açude
Figueiredo, inaugurado em 2013, tem o melhor nível desde sua criação. Dos 497
hm³ de capacidade que possui, 33,01% estão preenchidos.
Ao todo, 73 dos 157 açudes
monitorados pela Cogerh estão sangrando. Outros nove reservatórios estão com
capacidade acima de 90% e 19 têm volume abaixo dos 30%. Conforme a última
Resenha Diária publicada pelo órgão, no dia 27 de abril, cinco barragens estão
em volume morto.
Com informações portal O Povo +
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