O grupo Casas Bahia informou neste domingo (28) que chegou a um acordo com seus principais credores, Bradesco e Banco do Brasil, para uma recuperação extrajudicial, com dívidas de R$ 4,1 bilhões.
A empresa varejista acumula dividas que ultrapassam R$ 4 bilhões.
A Casas Bahia deve fechar 20 pontos de venda ainda esse ano | Foto: reprodução
Entenda: a recuperação
extrajudicial se diferencia da recuperação judicial por seu escopo limitado.
Nesse caso, apenas as dívidas
financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos,
serão reestruturadas.
Como Bradesco e Banco do Brasil
representam 55% do volume total desses créditos, já há quórum necessário para a
aprovação do plano de recuperação extrajudicial.
Em números:
R$ 4,3 bilhões de caixa serão
poupados até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente em 2024, afirma a companhia.
De 22 meses para 72 meses foi a
alteração do prazo médio de amortização, com redução de 1,5 ponto percentual no
custo médio. Isso representa uma economia de R$ 400 milhões no período.
O acordo ainda prevê carência
de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento de principal.
Com o alongamento da dívida, a empresa terá que pagar R$ 500 milhões até 2027,
em vez dos R$ 4,8 bilhões que eram previstos antes do acerto.
Sem novas lojas em 2024: a
Folha mostrou em março que a Casas Bahia não prevê abrir uma unidade sequer em
2024 –pelo contrário, deve fechar 20 pontos de venda.
Outra estratégia da companhia
será priorizar móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Nas lojas, não se
encontra mais itens como brinquedos, utilidades domésticas ou itens de higiene
pessoal.
O pacote faz parte da
reestruturação do grupo, que registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2023,
quase oito vezes maior que no ano anterior, quando as perdas somaram R$ 342
milhões.
Autor:ARTUR BÚRIGO-FOLHAPRESS
0 Comentários