O governo brasileiro e outros 23 chefes de Estado e de governo da Celac (Comunidade da América Latina e Estados do Caribe) divulgaram uma declaração, neste sábado (2), em que cobram um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza.
O documento foi assinado na sexta-feira (1º) pede que os envolvidos no conflito cumpram com o direito internacional em gaza.
Presidente Lula foi um dos signatários do documento | Agência Brasil
O documento, assinado na
sexta-feira (1), endossa exigência da Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Que todas as partes no conflito cumpram o direito internacional,
nomeadamente no que diz respeito à proteção de civis".
Os representantes da Celac dizem que as medidas presentes na declaração são necessárias levando em consideração a "intransigência refletida nas declarações do governo de Israel e do agravamento da crise humanitária em Gaza".
O texto cobra ainda a
"libertação imediata e incondicional" de todos os reféns. Os
governantes manifestam apoio à UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência
e Obras aos Refugiados da Palestina). Israel acusa o órgão de colaborar com o
Hamas.
A declaração não é referendada
por todos os 33 países integrantes da Celac. Assinam a carta os chefes de
Estado e de governo de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia,
Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Dominica, República Dominicana, Granada, Guiana,
Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa
Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.
Os seguintes países não assinaram
o documento: Argentina, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Panamá,
Paraguai, e Uruguai.
Discurso de Lula
O presidente Lula (PT) voltou a
criticar a comunidade internacional, na sexta-feira, pela "indiferença
chocante" à "carnificina" na Faixa de Gaza, durante abertura da
cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Ao lado do secretário-geral da
ONU, António Guterres, Lula pediu aos cinco membros permanentes do Conselho de
Segurança, únicos com poder de veto, que "deixem de lados suas diferenças
e ponham fim a essa matança". O presidente brasileiro tem sido uma das
principais vozes críticas aos ataques de Israel à região palestina.
"A indiferença da comunidade
internacional é chocante", continuou Lula. "A tragédia humanitária em
Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva
que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na
fila para obter comida.", finalizou.
Na tarde de quinta-feira (29), o
governo de Israel foi acusado de matar mais de pessoas que estavam em uma fila
à espera de comida em Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu atribuiu o início
das execuções aos palestinos que teriam atacado soldados do país.
Autor:FOLHAPRESS
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