Uma investigação do Exército Brasileiro investigou 46 oficiais por transgressão disciplinar. Eles teriam assinado uma carta em 2022 que pressionava o então comandante do Exército, General Freire Gomes, a endossar um golpe de Estado. As informações são do Metrópoles.
Exército confirmou a informação, mas se negou a revelar a identidade dos investigados.
Segundo informações do Metrópoles, os oficiais teriam feito uma carta pressionando o Comandante do Exército a endossar um golpe | (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Ag.Brasil)
O Exército se negou a informar “a
identidade, os dados funcionais e pessoais desses militares, e as respectivas
punições disciplinares” para preservar “a hierarquia e a disciplina” e manter a
privacidade. No entanto, os processos foram confirmados.
Ao fim, a força armada reafirmou
“compromisso institucional com a legalidade, reiterando sua posição
institucional com a devida apuração do fato em questão, a fim de manter os mais
elevados padrões de hierarquia e disciplina”.
O documento assinado pelos
oficiais do exército foi batizada de “Carta ao Comandante do Exército de
Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” e acabou sendo enviada
para o celular do coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do presidente Jair
Bolsonaro (PL).
“Covardia, injustiça e fraqueza
são os atributos mais abominados para um soldado. Nossa nação, aquela que
entrega os maiores índices de confiança às Forças Armadas, sabe que seus
militares não a abandonarão”, dizia um trecho.
O documento pode ter sido
originado a partir de uma reunião em um salão de festas da Asa Norte, em
Brasília, em 28 de novembro de 2022, após a eleição do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
Em depoimento, em março deste
ano, Freire Gomes confirmou à Polícia Federal (PF) que esteve em encontros com
Bolsonaro para tratar de minutas golpistas, em resposta a vitória de Lula.
Segundo o ex-comandante do
Exército, Bolsonaro tinha pronto um documento para decretar Estado de Defesa e
criar uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a legalidade do
processo de votos.
Autor:Rafael Miyake com
informações de Metrópoles
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