O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou a equipe do jornal ao O POVO que o senador Cid Gomes vai se filiar ao partido no dia 4 fevereiro. Presidente estadual do PSB, o ex-deputado Eudoro Santana também confirmou a informação. Ato de filiação será em auditório da Assembleia Legislativa.
Cid Gomes e Carlos Siqueira se reuniram no final de 2023 (Foto: Reprodução/Facebook)Além do senador, prefeitos e vereadores pedetistas devem se filiar ao PSB, seguindo desejo de Cid em realizar uma migração coletiva. Questionado sobre o assunto, Siqueira disse apenas que "quanto aos outros membros do PDT, só eles podem responder".
O PSB já estava na mira de Cid, que
também mantinha diálogo com o Podemos, presidido no Estado pelo prefeito do
Aracati, Bismarck Maia.
A mudança de legenda feita pelo
ex-governador ocorre por conta de crise instalada no PDT em que, de outro lado,
está o irmão Ciro Gomes. Uma das principais razões para o racha entre os irmãos
é a divergência sobre as eleições municipais de 2024.
Na disputa pela Prefeitura de Fortaleza,
enquanto o senador deseja apoiar o PT liderado pelo ministro Camilo Santana e
pelo governador Elmano de Freitas, o ex-presidenciável defende a reeleição do
prefeito José Sarto (PDT).
Presidente estadual do PSB, o ex-deputado
Eudoro Santana também confirmou ao O POVO que o grupo encabeçado pelo senador
Cid Gomes se filia ao partido no dia 4 de fevereiro. O ato de ingresso no PSB
está previsto, ainda segundo Eudoro, para o auditório da Assembleia Legislativa
do Ceará (Alece), em horário a ser definido.
“A filiação do grupo deverá ocorrer no
dia 4 de fevereiro de 2024. É o sugerido pela direção nacional”, informou o
dirigente pessebista no Ceará.
A adesão do bloco cidista ao PSB já vinha
sendo discutida há meses, mas esbarrava em entraves localizados em municípios
importantes do estado.
Antes na base de José Sarto, o PSB passou
ao comando de Eudoro, pai de Camilo Santana, integrando-se ao arco de
sustentação do governador Elmano de Freitas.
A volta de Cid Gomes ao PSB se dá cerca
de 10 anos após o senador deixar a sigla em setembro de 2013, ingressando
posteriormente ao Pros e por último o PDT. Na época, o então governador se opôs
a candidatura de Eduardo Campos à presidência e defendia apoio a Dilma
Rousseff.
Acompanham Cid nesse regresso um grupo de
mais de 30 prefeitos, incluindo o seu irmão Ivo Gomes, de Sobral. Os 14
deputados estaduais, dentre titulares e suplentes, que desejam deixar o PDT
aguardam os processos judicializados de desfiliação do partido para não
correrem riscos de perder mandatos.
Já os federais não ingressaram ainda com
o processo de desfiliação partidária, portanto irão analisar o futuro e a
medida que as coisas forem acontecendo.
Com informações portal O Povo +
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