O senador Cid Gomes (PDT) agendou para 18 de dezembro a data da reunião para decidir o partido ao qual se filiará o grupo político de saída do PDT. A data inicialmente era dia 4, depois passou para dia 11. Cid disse que há contatos pendentes que serão feitos ao longo desta semana, em Brasília.
Apesar de solicitar uma reunião com o presidente Lula, o senador Cid Gomes não teve o respostas (Foto: Roque Sá)
"Temos uma decisão política importante para tomar, mas ainda faltam alguns contatos para que possamos dialogar com todos e informar, da melhor maneira possível, as alternativas que teremos. Esses contatos serão feitos ao longo dessa semana, em Brasília, razão pela qual adiamos nossa reunião que estava pré-agendada para hoje", disse o senador nessa segunda-feira, 11.
"Peço a compreensão de todos e informo que a reunião será realizada no dia 18 de dezembro. Nessa data, juntos discutiremos os caminhos futuros e tomaremos uma decisão de forma definitiva", acrescentou, em post no Instagram.
Em outubro o grupo liderado por Cid e composto por 43 prefeitos, posteriormente mais três se juntaram, 14 deputados estaduais (em exercício e suplentes), e 5 deputados federais (em exercício e suplentes) decidiu por uma saída em massa do PDT.
Desde então, os parlamentares procuram um partido onde possam todos irem, de acordo com lideranças. Duas comitivas buscaram siglas e presidentes para avaliarem as possibilidades.
Em Brasília, se reuniram com o Podemos os deputados estaduais Guilherme Landim, Osmar Baquit e Jeová Mota; os federais Leônidas Cristino, Eduardo Bismarck e Robério Monteiro, mais o prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro. Com o PSB esteve o mesmo grupo, mais o deputado federal Mauro Filho.
Paulinho da Força chegou a telefonar convidando o grupo para o Solidariedade, mas a conversa não avançou. Avante, Republicanos e mesmo PSD foram hipóteses cogitadas para ao menos parte do grupo — mas Cid defende a filiação de todos juntos.
Das conversas em Brasília, o Podemos saiu em vantagem, na opinião de parlamentares pedetistas com quem O POVO conversou. O relato é de que os diálogos foram mais objetivos e até do espaço a ser ocupado pelo grupo em comissões foi tratado.
Bismarck Maia, prefeito de Aracati e presidente do Podemos Ceará, afirmou estar entusiasmado para fechar acordo, embora precise aguardar a decisão final. “Estou otimista sim”, disse.
Já do lado do PSB, o partido tem uma simpatia de parte dos parlamentares por já terem sido filiados até 2013 e por terem saído sem problemas ou conflitos. A reunião com o presidente nacional Carlos Siqueira e Eudoro Santana, presidente estadual, porém, não foi considerada tão objetiva quanto a do Podemos.
Apesar de solicitar uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cid não teve o encontro com o mandatário. “Creio que impossível”, afirmou um parlamentar sobre uma possível ida em massa ao partido.
O próprio senador encontra resistência a seu nome dentro da sigla, sinalizada inclusive pelo líder de Lula, o deputado federal José Guimarães.
Algo reforçado pelo ex-governador e aliados é de que a decisão será coletiva e o objetivo é manter o bloco coeso e unido. Portanto, por mais que Cid possa ter uma preferência ao PT, não poder comportar todos inviabilizaria a mudança.
Além disso, outro fator relevante levantado é a intenção de migrar para um partido com poucos diretórios municipais. Não é a situação do PT, organizado em muitos lugares, em vários deles em disputa com pedetistas cidistas. Um dos líderes de saída do PDT afirmou também que o PT é um partido consolidado com quadros históricos ocupando posições importantes, e isso deve ser respeitado.
Com informações portal O Povo +
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