A Caixa Econômica
Federal paga nesta quarta-feira (20) a parcela de setembro do novo Bolsa
Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 3.
Beneficiários de 97 municípios do Rio Grande do Sul atingidos pelas chuvas
recentes receberam o valor de setembro de forma unificada na segunda-feira
(18), independentemente do dígito do NIS.
Os beneficiários com NIS de final 3 deverão receber a parcela de setembro do novo Bolsa Família nesta quarta-feira (20), pela Caixa Econômica Federal.
Cerca de 550 mil famílias foram incluídas no programa neste mês | MDAS/ Divulgação
Cerca de 550 mil famílias foram incluídas no programa neste mês | MDAS/ Divulgação |
Essa é a quarta parcela com o novo adicional de R$ 50 a famílias com gestantes e
filhos de 7 a 18 anos. Desde março, o Bolsa Família paga
outro adicional, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos. Dessa forma,
o valor total do benefício poderá chegar a R$ 900 para quem cumpre os
requisitos para receber os dois adicionais.
O valor mínimo
corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe
para R$ 686,89. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social
(MDS), neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal
alcançará 21,47 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,58 bilhões.
Desde julho, passou a valer a integração dos dados
do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com
base no cruzamento de informações, 237.897 famílias foram canceladas do programa
em setembro por terem renda acima das regras
estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de
registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios
previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação,
outras 550 mil famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi
possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do
Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais
vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o
benefício. Desde março, mais de 2,15 milhões de famílias passaram a fazer parte
do programa.
Regra de proteção
Cerca de 2 milhões
de famílias estão na regra de proteção em setembro. Em vigor desde junho, essa
regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda
recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada
integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias,
o benefício médio ficou em R$ 375,88.
Reestruturação
Desde o início do ano, o programa social voltou a
chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação
da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145
bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão
destinados a custear o benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 começou em
março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Segundo o balanço
mais recente, cerca de 3 milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro
tiveram o benefício cortado.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento
ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar
informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição
das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança
digitais do banco.
Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia
famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses,
o pagamento voltará em outubro.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e
tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação
Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável
pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência
doméstica.
Autor:Jamille
Leão e Agência Brasil
0 Comentários