Uma tensa sessão na Câmara de Vereadores de Iguatu revelou divisões profundas entre representantes políticos da cidade. O episódio, ocorrido durante a última sessão antes do recesso, envolveu o vereador Rubenildo Cadeira, conhecido por ser porta-voz da comunidade evangélica local, e o presidente da Casa, Marconi Filho.
A discussão teve origem em uma
denúncia feita por Rubenildo Cadeira, que alegou ter sido procurado por uma mãe
de aluno da Escola Profissionalizante Lucas Emanuel. A denúncia afirmava que
atividades relacionadas à religiosidade africana estavam sendo impostas como
matérias obrigatórias, inclusive para estudantes evangélicos, que não tinham a
opção de se abster desses momentos.
Somente agora, após a pausa
legislativa, representantes da escola compareceram à Câmara para esclarecer o
funcionamento dessas atividades. No entanto, a discussão tomou um rumo
acalorado quando Rubenildo Cadeira, que também representa os interesses
evangélicos na Câmara, sentiu-se impedido de falar sobre o assunto
imediatamente. O presidente Marconi Filho determinou que o vereador só poderia
se manifestar durante os períodos de “pequeno e grande expediente”.
A recusa do presidente em
permitir que Rubenildo se pronunciasse imediatamente gerou um desentendimento
acalorado. O confronto verbal se intensificou, culminando na decisão do presidente
de cancelar a sessão. A situação quase escalou para uma briga física, com troca
de insultos entre os dois protagonistas, deixando todos os presentes
constrangidos.
Este incidente, no entanto, não é
isolado na história da Câmara de Iguatu. Relatos anteriores incluem um vereador
arremessando um copo de vidro em um colega durante uma sessão e uma controversa
eleição da mesa diretora, em que um voto misterioso apareceu dentro da urna.
A repercussão do ocorrido nas redes sociais demonstra a
preocupação da comunidade com o comportamento de seus representantes políticos.
Os vídeos que capturaram a acalorada troca de palavras entre Rubenildo Cadeira
e Marconi Filho estão circulando amplamente, alimentando o debate sobre a
necessidade de maior decoro e respeito no ambiente parlamentar.
Enquanto o
questionamento sobre o ensino das atividades relacionadas à religiosidade
africana na escola permanece sem uma resolução clara, os cidadãos e eleitores
de Iguatu são instados a observar atentamente as atitudes de seus representantes
e a exigir um comportamento mais responsável e ético por parte daqueles que
ocupam cargos públicos na cidade.
Fonte: Fatos News.
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