A Polícia Federal (PF) abriu nesta quinta-feira, 16, a 14ª fase da Operação Lesa Pátria para prender dez investigados por fomento aos atos de 8 de janeiro. A nova etapa da ofensiva mira supostos incitadores da "Festa da Selma", codinome usado para se referir à intentona que deixou um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes.
Até o momento, oito pessoas foram presas. Entre os
alvos da ofensiva estão: o pastor Dirlei Paz, que nas redes sociais se
identifica como "servo do Senhor" e "patriota" e aparece em
foto pedindo "intervenção federal"; a cantora gospel Fernanda Ôliver;
e o influenciador Isac Ferreira.
"O termo Festa da Selma foi utilizado para
convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar
coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos.
Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a
polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o
governo constituído", indicou a corporação.Agentes ainda vasculham 16
endereços nos Estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no
Distrito Federal. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta
do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação
criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem
especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.A expressão "Festa
da Selma" foi identificada em mensagens identificadas nas redes sociais,
em especial no Telegram, convocando bolsonaristas para os atos de 8 de janeiro.
O diálogos mostraram a organização dos
investigados antes dos atos de violência."ATENÇÃO. Nos QGs de Brasília é
apenas para hospedagem e concentração dos convidados que estão chegando. Lá que
vai ser combinado: o horário e a data para a festa da Selma. Lembram da Selma
né? A Festa não é no QG", diz uma mensagem enviada em grupo bolsonarista
na véspera do quebra-quebra em Brasília, identificada pela Advocacia-Geral da
União (AGU) no início do ano.
(Estadão)
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