Dois meses após ser internado com quadro de bronquite, o papa Francisco, 86, voltou ao hospital nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália, para ser submetido a exames médicos. Questionados, o Vaticano e a unidade de saúde não comentaram o assunto.
Dois meses após ser internado com quadro de bronquite, o papa Francisco, 86, voltou ao hospital nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália.
Papa foi internado para realizar exames | Reprodução
O pontífice
foi a um departamento especializado no tratamento de pacientes idosos, segundo
as agências de notícias italianas ANSA e AGI. Ele chegou ao hospital às 10h40
no horário local (5h40 em Brasília).
Francisco,
que celebrou dez anos de seu pontificado em março, tem sofrido com uma série de
doenças nos últimos anos e costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala em
suas aparições públicas por causa de dores persistentes no joelho.
No mês passado,
o papa precisou cancelar audiências após apresentar febre. Antes, em março, ele
recebeu diagnóstico de bronquite e ficou cinco dias internado o argentino está no geral mais exposto a doenças
respiratórias por ter retirado parte de um dos pulmões quando tinha 20 e poucos
anos.
Em entrevista
à rede Telemundo, exibida há duas semanas, o líder disse que a doença
respiratória foi "tratada a tempo". "Se tivéssemos esperado mais
algumas horas, teria sido mais grave", afirmou.
Ao falar
sobre as dores no joelho, Francisco disse estava "muito melhor".
"Já consigo caminhar, o joelho está melhorando. Alguns dias são mais
dolorosos, mas isso faz parte do desenvolvimento", acrescentou.
A
hospitalização em março ressuscitou especulações sobre uma possível renúncia do
argentino por razões de saúde após o precedente histórico estabelecido por seu
antecessor, Bento 16 papa emérito por quase
uma década e morto no final do ano passado aos 95 anos.
Em dezembro,
Francisco revelou à imprensa que assinou ainda no início de seu papado uma
carta de renúncia na eventualidade de que seus problemas de saúde o impedissem
de desempenhar suas funções. Ele reiterou em várias ocasiões que não descarta
deixar o cargo caso seus problemas nesse âmbito se agravem embora tenha declarado em viagem à República Democrática do
Congo que renúncias do tipo não deveriam "virar moda".
O papa ainda
sofre de diverticulite, uma doença que pode infectar ou inflamar o cólon, de
dor ciática crônica, e há dois anos foi operado para remover parte do
intestino. Meses atrás, o pontífice disse que a condição havia retornado e
estava gerando ganho de peso, mas que isso não era fonte de preocupação.
Apesar dos
problemas de saúde, Francisco mantém uma agenda cheia. O Vaticano anunciou no
sábado (3) planos para que ele visite a Mongólia de 31 de agosto a 4 de
setembro. Antes disso, ele deve visitar Portugal de 2 a 6 de agosto para
participar da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e visitar o Santuário de
Fátima.
Autor:FOLHAPRESS
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