Motoristas por aplicativo de diversas áreas como locomoção e entregas realizam uma paralisação na manhã desta segunda-feira, 15, em três pontos de Fortaleza. O principal polo é na Praça da Imprensa, localizada no bairro Dionísio Torres. Os motoristas cobram a regulamentação da categoria, o aumento de tarifas, o fim das multas abusivas, não subir mais em condomínios durante entregas e uma série de outras reivindicações.
A movimentação começou por volta das 8 horas da manhã, com cerca de 50 motoristas no local
Além da concentração na Praça da Imprensa, há pontos de manifestação no Centro de Eventos e na Arena Castelão. Na Praça da Imprensa, os motoristas das plataformas Uber, 99 e Ifood pretendem se reunir para fechar a avenida Antônio Sales, conforme O POVO apurou no local. Também estão previstas paralisações durante a tarde, por volta das 16 horas.
De acordo com o presidente da Associação dos
Trabalhadores por Aplicativo de Fortaleza (Ataf), Douglas Sousa, o ato pretende
pressionar o governo estadual pela isenção do IPVA prometida à categoria. Os
motoristas também solicitam que o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), assine
o projeto de lei contra a subida dos
entregadores de aplicativos em apartamentos.
Sousa também explica que a regulamentação pode
trazer melhorias não só para os motoristas, mas também para a população.
“Ela
[a regulamentação] é super importante. É bom até para o Município. Algumas
dessas regras são um curso de pilotagem, direção defensiva, um curso de
mototaxista, pessoas só entrarem na plataforma se forem maiores de 21 anos,
tendo no mínimo dois anos de habilitação. Isso é importante para a categoria
porque vai filtrar os profissionais”, afirma o motorista.
Uma das pautas mais questionadas pelos
motociclistas são as multas aplicadas pela Autarquia Municipal de Trânsito e
Cidadania (AMC).
“A gente já está cansado dessas taxas abusivas. É
viseira, é qualquer outro tipo de coisa. Aqui em Fortaleza, é muito quente,
então é impossível passar o dia com a viseira fechada. No momento em que a
gente abre a viseira para poder respirar, aí eles vêm e aplicam uma multa na
gente”, relata Yago Marques, 25, motorista de aplicativo há três anos e meio.
Ainda de acordo com o motorista, as multas de
viseira levantada chegam a R$ 130 por ocorrência. Ou seja, caso mais de um
passageiro ande com o equipamento suspenso, os trabalhadores pagam o valor por
cada registro, sem auxílio das plataformas.
Os problemas de subir em apartamento e das multas
ainda se somam em algumas ocasiões. Segundo os motoristas, há casos em que eles
precisam subir até o apartamento dos clientes e são multados por estacionar em
local proibido.
O Povo
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