O músico Roberto de Carvalho falou pela primeira vez após a morte de sua esposa, Rita Lee, na última segunda-feira (8), aos 75 anos. Ao Fantástico (Globo), relembrou os 47 anos de relacionamento e a luta da companheira contra um câncer de pulmão. "A Rita é considerada um milagre pelos médicos que cuidaram dela", conta.
"Ela encarou o negócio com um estoicismo", diz o músico Roberto de Carvalho, marido de Rita Lee.
Cantora morreu na última segunda-feira (8) | ( Reprodução )
Roberto
relembra momentos que, segundo ele, foram muito sofridos. "Os médicos
previram uma sobrevida de três a quatro meses. Ela encarou o negócio com um
estoicismo", diz. O diagnóstico citado pelo músico aconteceu em 2021
--Rita viveu mais dois anos.
"Ela
queria viver, não queria partir. Até o fim, ela nunca quis partir. Eu dizia
para ela: 'Eu quero trocar de lugar com você, porque você tem muito mais coisa
para fazer do que eu'", conta o músico. Os momentos finais de Rita, de
acordo com ele, foram de uma "leveza, uma calma, uma doçura". Os
familiares montaram uma estrutura de hospital no apartamento: "Na última
fase, ela parecia uma criancinha, um passarinho. E foi parando. Em paz".
Além de
relembrar os últimos anos de vida da esposa, Roberto falou também sobre a
conexão que tinham e a saudade que fica. "Eu sou extremamente atento e
feliz também por ter estado sempre por perto de uma pessoa tão animada, tão
cheia de vida, de criatividade, de alegria, de luz. Um grande privilégio."
"Nos
tornamos cara-metade. Não posso dizer que há a Rita e o Roberto. O Roberto é a
Rita também. A Rita é o Roberto também. Em vida ou em morte. Tanto em uma circunstância
quanto em outra, eu continuo sendo ela e ela continua sendo eu",
complementou.
Em conversa
com a repórter Renata Ceribelli , chorou e se emocionou em diversos momentos.
"Talvez eu fique assim para sempre. Sempre vai ser difícil e eu não tenho a
menor pretensão de que fique fácil. Eu fico triste, mas fico bem", falou
Roberto.
Autor:Gabriela Bonin/Folhapress
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