A evasão escolar afeta diretamente a geração de renda. Essa é a conclusão do estudo “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan Sesi), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). No Pará, o governo estadual atua em parceria o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), desenvolvem o Programa Estadual de Correção de Fluxo Escolar - “Trilhas no Pará”, implementado a partir da estratégia pedagógica Trajetórias de Sucesso Escolar (TSE). A iniciativa é uma das ações para enfrentar a evasão escolar no Estado. Para o senador Jader Barbalho (MDB-PA), esse é um dos problemas graves que o governo brasileiro precisa enfrentar.
O senador enviou ofício ao ministro Camilo Santana sobre as ações que estão sendo feitas no país para evitar problema, um dos mais graves atualmente. Todos os anos, mais de 500 mil jovens abandonam a escola.
Jader lembra que a baixa escolaridade causa inúmeras perdas não apenas para a pessoa, mas para toda a sociedade | ( Divulgação )
“Vejo
com muita preocupação essa situação que envolve, na maioria dos casos, jovens
que não conseguem terminar o ensino médio porque precisam trabalhar para ajudar
as famílias. E ao abandonar os estudos, podem estar abandonando o futuro e as
oportunidades que se abrem a partir do conhecimento”, lamenta o senador, que
encaminhou ontem (2), um ofício ao ministro da Educação, Camilo Santana. Jader
Barbalho quer conhecer ações que estão sendo tomadas pelo Governo Federal para
evitar a evasão e manter os jovens nas salas de aula.
“Infelizmente,
a baixa escolaridade causa perdas individuais e coletivas, contribuindo para a
diminuição da empregabilidade, das perspectivas salariais, da produtividade e
da mobilidade social. Sem falar nos impactos negativos em áreas como saúde e
segurança pública, onde fica mais suscetível à criminalidade”. ressalta.
ESTUDO
O
estudo “Combate à evasão no ensino médio: desafios e oportunidades” mostra que
500 mil jovens acima dos 16 anos largam os estudos anualmente. A cada 10
alunos, apenas 7 concluem essa última etapa da educação básica até os 19 anos,
índice que deixa o Brasil atrás de países latino-americanos como a Costa Rica,
a Colômbia e o Chile. De acordo com o estudo, entre os 20% mais ricos da
população, a probabilidade de um jovem concluir o ensino médio é de 94% − mais
que o dobro do índice de 45% registrado na faixa dos 20% mais pobres.
“É
inegável concluir que a evasão escolar reproduz a profunda desigualdade do
país, ao penalizar os mais pobres com mais intensidade. Além disso, ela afeta
diretamente a geração de renda no país”, lembra o senador. O levantamento
mostra que, se o Brasil elevasse a taxa de conclusão do ensino médio para o
mesmo patamar do Chile, por exemplo, onde 9 em cada 10 jovens completam essa
etapa até os 24 anos, seria possível, segundo o economista Ricardo Paes de
Barros, aumentar a receita do País em R$ 135 bilhões a mais por ano.
“Não
podemos mais fechar os olhos para esse problema. Em razão da importância desse
assunto para o futuro do país e de milhares de jovens brasileiros, solicitei ao
ministro da Educação que informe sobre as medidas que estão sendo adotadas pelo
Ministério para reduzir a evasão escolar no ensino médio, e, ao mesmo tempo
criar incentivos para que os jovens permaneçam nas escolas até a conclusão do
ensino médio”, detalhou. “Esta é uma ação que precisa ser compartilhada entre
os poderes constituídos. O Legislativo pode dar sua contribuição em parceria
com o governo federal. É um desafio para todos nós, brasileiros”, concluiu o
senador Jader Barbalho
Autor:Luiza Mello
0 Comentários