Para aumentar a segurança do Pix e evitar fraudes, o Banco Central anunciou nesta terça-feira (2) o aperfeiçoamento de duas funcionalidades: a notificação de infração e a consulta de informações vinculadas às chaves Pix para análise antifraude.
As novas medidas de aprimoramento entrarão em vigor em 5 de novembro.
As medidas, que exigem ajustes no sistema por parte do BC e das instituições financeiras, entrarão em vigor em 5 de novembro. | Marcelo Casagrande / Agencia RBS
As medidas, que exigem ajustes no sistema
por parte do BC e das instituições financeiras, entrarão em vigor em 5 de
novembro.
A notificação de infração é uma
funcionalidade usada pelas instituições financeiras para marcar chaves e
usuários em casos de suspeita de fraude na transação. Com a mudança, serão
criadas "etiquetas" específicas para a identificação das infrações
cometidas.
Esse registro passará a contar agora com
novos campos, especificando a razão da notificação -por exemplo, golpe,
estelionato, invasão da conta, coação e outros- e o tipo cometido de fraude
-usuário que abriu uma conta sob falsidade ideológica ou emprestou
indevidamente sua conta para alguma fraude (conta laranja).
Essa mudança já tinha recebido sinal
verde da autoridade monetária no ano passado, como mostrou a Folha de S.Paulo.
No caso da consulta das informações para
análise antifraude de transações via Pix, o BC dará acesso para as instituições
financeiras a um conjunto mais relevante de dados e por um período maior de
tempo.
Entre as informações disponibilizadas,
estarão a quantidade de infrações do tipo conta laranja ou falsidade ideológica
relacionada ao usuário ou chave Pix, o volume de participantes que aceitaram
notificação de infração daquele usuário ou chave e a quantidade de contas
vinculadas a determinado usuário.
Atualmente, são disponibilizados dados de
seis meses. Com a mudança, serão contempladas informações de até cinco anos. De
acordo com a autoridade monetária, a consulta poderá ser feita pelas
instituições financeiras por chave Pix ou pelo usuário (CPF/CNPJ), 24 horas por
dia, todos os dias do ano.
"O resultado dessas mudanças é uma
maior eficácia no combate à fraude, uma vez que as instituições passarão a ter
melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção
de fraude", afirmou Breno Lobo, consultor na Gerência de Gestão e Operação
do Pix, em nota.
"Na prática, as instituições terão
melhores condições de atuar preventivamente (rejeitando transações fraudulentas
ou bloqueando cautelarmente os recursos) e, em última instância, resultará em
maior proteção aos usuários", acrescentou.
Autor:NATHALIA GARCIA- FOLHAPRESS
0 Comentários