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Prefeitura de Teresina impede radialista de exercer seu ofício há uma ano.

O jornalista Marco Aurélio de Morais Siqueira continua vítima de censura pela FM Cultura, emissora pública da prefeitura de Teresina-PI. Locutor concursado por 25 anos, em fevereiro de 2022 ele foi afastado do programa Usina do Som por críticas ao governo Bolsonaro e à privatização de estatais como Petrobras e Eletrobras. 

Marco Aurélio conta que antes de ser afastado foi advertido pela direção da rádio de que não poderia fazer comentários políticos no programa. "O motivo do incômodo e da advertência que recebi era a grande repercussão das denúncias que estava fazendo sobre a privatização criminosa de empresas do sistema Petrobrás e de outras estatais como a Eletrobras, vendidas muito abaixo do seu preço de mercado", conta. 

O jornalista conta ter se recusado a mudar a pauta do programa e, ao retornar do feriado de Carnaval, foi informado que havia sido transferido para a Secretaria Municipal de Comunicação e que não faria mas parte do quadro de locutores da rádio FM Cultura. "Não houve nenhum processo administrativo que validasse minha transferência". 

"Apesar de ter um parecer da Procuradoria Geral do Município de Teresina considerando o afastamento equivocado e contrário às leis municipais, ainda não consegui voltar para as minhas funções. O diretor da emissora, Márcio Vasconcelos, disse na minha cara que eu não vou voltar porque tem uma pessoa que não quer que eu volte", conta. 

Repudiamos a decisão da emissora e da prefeitura da capital piauiense. Impedir um jornalista de exercer seu ofício é uma grave violação à liberdade de expressão que prejudica a sociedade como um todo, ainda mais quando se trata de uma emissora pública. Nossa solidariedade e apoio a Marco Aurélio.

FNDC

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