A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta (22) uma série de diligências para desarticular um grupo criminoso que pretendia realizar ataques contra autoridades. Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Ex-juiz da Lava Jato e outras autoridades do país estavam na mira de facção criminosa.
Moro foi o juiz responsável por uma série de condenações pela Lava Jato | Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil
"Sobre os planos de
retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos,
farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF,
PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus
dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", disse Moro pela manhã em suas
redes socias.
A ação foi batizada de
Sequaz e, diz a PF, tem por objetivo desarticular o grupo que "pretendia
realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios
e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação".
Os ataques, de acordo
com a apuração, ocorreriam de forma simultânea, e os principais alvos estavam
em São Paulo e no Paraná.
São cumpridos 24
mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro
mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e
Paraná.
"Foi investigado e
identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os
quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está
realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes
da PF pelo importante trabalho", disse o ministro Flávio Dino (Justiça)
por meio de suas redes sociais.
Moro foi o juiz
responsável por uma série de condenações pela Lava Jato, inclusive a que
manteve o hoje presidente Lula (PT) preso por 580 dias entre 2018 e 2019. No
final de 2018, Moro abandonou a magistratura para, no ano seguinte, assumir o cargo
de ministro da Justiça da gestão de Jair Bolsonaro.
Em 2020, porém, Moro
deixou o governo Bolsonaro, rompido com o presidente, e, em 2021, foi
considerado parcial pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em condenação de Lula.
O ex-juiz se filiou ao
Podemos para disputar a Presidência em 2022, agora como rival tanto do petista
como de Bolsonaro. Acabou decidindo concorrer a senador no Paraná pela União
Brasil e foi eleito.
Nesta terça, Lula e Moro
voltaram a troca farpas. Lula relembrou que, durante o período em que esteve
preso em Curitiba, costumava falar para procuradores que iam visitá-lo que iria
"foder esse Moro". O senador em seguida rebateu Lula e disse que o
presidente quer se vingar do povo brasileiro.
Autor:Fábio Serapião/Folhapress
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