Mesmo com a tendência de queda das pressões inflacionárias demonstrada nos últimos meses, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) reviu para cima a expectativa de inflação para 2023.
Estimativa passou de 4,9% para 5,6%. A revisão do IPCA ocorreu por causa do “desempenho menos favorável dos preços administrados e dos serviços, especialmente os relativos à educação”.
A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 4,9% para 5,5% | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Na
nova projeção do instituto, divulgada nesta terça-feira (28), no Rio de
Janeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
chegaria a 5,6% em 2023, ante projeção de 4,9% feita em dezembro.
A
revisão do IPCA ocorreu por causa do “desempenho menos favorável dos preços
administrados e dos serviços, especialmente os relativos à educação”, segundo o
Ipea.
A
projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 4,9% para
5,5%.
“A
expectativa é que 2023 reflita o que foi observado no primeiro bimestre de
2023, com contínua desaceleração dos preços dos bens e serviços livres, aliada
a uma alta mais intensa dos preços administrados”, informou o Ipea.
Impactos
Segundo
o instituto, também devem impactar a inflação deste ano a reoneração dos
combustíveis, por um lado, e a queda do preço de venda da gasolina pela
Petrobras às distribuidoras por outro, bem como o reajuste acima do esperado
para os planos de saúde no primeiro bimestre. Dessa forma, o Ipea reviu a
projeção de inflação dos bens e serviços monitorados para 8,2%, ante os 5,6%
previstos em dezembro.
Para
os serviços livres, o instituto destaca a influência do reajuste das
mensalidades escolares acima da estimada, que elevou a expectativa de inflação
para os serviços educacionais de 5,7% para 8,5% em 2023. Com isso, a previsão
para os serviços totais subiu de 5,4% para 6%.
Alimentos
De
acordo com o Ipea, houve “bom comportamento” na variação de preço dos alimentos
no primeiro bimestre, o que serviu de contraponto a outros segmentos
analisados. Assim, a inflação dos alimentos esperada para o ano caiu de 5,2%
para 4,5%.
Autor:Ag. Brasil
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