O vaqueiro José Pereira da Costa, conhecido com Zé do Valério, foi condenado a 26 anos e três meses de prisão, em regime fechado, nesta quarta-feira (15). Ele foi julgado por um crime cometido em 2013, quando a dona de um sítio onde ele trabalhava foi assassinada na cidade de Tauá, no interior do Ceará. Ele também tentou matar o esposo da vítima.
Conforme denúncia do Ministério Público, Zé do Valério se irritou com a dona do sítio após ela e o marido o terem demitido de suas atividades no sítio após discussão com os patrões.
Zé do Valério foi preso após quase três de perseguição policial por regiões de mata densa em 2019. — Foto: Polícia Militar/Divulgação.
Há quase um ano ele havia sido condenado a 30
anos de prisão por estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle
Oliveira, em Pedra Branca,
também no interior estado.
Conforme denúncia do Ministério Público,
Zé do Valério se irritou com a dona do sítio após ela e o marido o terem
demitido de suas atividades no sítio após um discussão com os patrões.
"Aproximadamente um mês após a efetiva cessão das
atividades laborais, o pronunciado retornou à residência das vítimas e,
aproveitando que a vítima Maria Solange Cesário estava sozinha, deu um tiro
contra esta, e após, arrastou o corpo da vítima para um matagal com 300 metros
de distância da casa", diz a denúncia.
A sessão do júri teve início às 8h30, no
Fórum da Comarca de Tauá, cidade onde a mulher foi assassinada a tiros e teve o
corpo ocultado.
O júri reconheceu, entre as
qualificadoras, o motivo fútil. A sessão foi presidida pelo juiz Frederico
Costa Bezerra. Na sentença, o magistrado enfatiza que o réu praticou dois
delitos de homicídio duplamente qualificado, um consumado contra a vida da
mulher, e o outro tentado e não consumado, contra a vida do esposo dela.
Zé do Valério, foi condenado a 30 anos de prisão, 1 mês e 15
dias, em regime fechado, nesta quarta-feira (25). Zé do Valério é acusado de
estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle Oliveira, em Pedra Branca,
no interior do Ceará.
Da pena, 21 anos e 10 meses foram pelo
homicídio, e 8 anos e 3 meses pelo estupro. O crime aconteceu em abril de 2019.
A universitária Danielle Oliveira, de 20 anos, foi encontrada em um sítio
vizinho ao da sua família, na localidade de São Gonçalo, despida e com um
ferimento no olho esquerdo, no dia 25 daquele mês.
Denúncia do MP
Conforme a denúncia do
Ministério Público do Ceará (MPCE), o vaqueiro chamou a jovem para fora do
sítio, apontou uma arma de fogo em direção a ela querendo um beijo e um abraço.
Após a jovem recusar, o criminoso levou Danielle para um matagal, onde cometeu
o crime. O laudo cadavérico confirmou morte por traumatismo cranioencefálico
com asfixia. O laudo também apontou sinais de violência sexual.
A denúncia do MPCE foi requerida pela
promotoria, que pediu que Zé do Valério fosse pronunciado e, posteriormente,
condenado pelo Tribunal do Júri por crime de homicídio por motivo torpe, meio
cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotoria também
considerou evidente se tratar de feminicídio, já que o assassinato foi
praticado mediante menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Zé do Valério foi preso no dia 12 de
julho de 2019 ano em Buriti dos Montes, no Piauí, após mais de dois
meses de perseguição em áreas de mata de cidades nordestinas.
Conforme a Secretaria da Segurança
Pública, o criminoso estava escondido em uma região de mata. Policiais da Força
Tática e do serviço reservado da região de Crateús efetuaram a prisão, com
apoio de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas
(Ciopaer).
Ainda segundo a polícia, Zé do Valério
sobrevivia em mata por meio de caça. Durante perseguição, em 21 de junho, ele
chegou a trocar tiros com os policiais e fugiu. Os agentes de segurança
apreenderam panelas e o material que ele usava para preparar comida.
G1
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