Parte desse aumento, contudo, pode ser compensada caso a Petrobras reduza o preço dos combustíveis nas suas refinarias. Lula e presidente da estatal têm reunião nesta sexta.
(Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
O retorno da cobrança dos impostos federais sobre a gasolina e o
álcool a partir de 1º de março deve impactar o preço desses combustíveis ao
consumidor final.
O governo Lula prorrogou somente até 28 de fevereiro a desoneração
(redução a zero) dos impostos federais que incidem sobre a gasolina, o álcool,
querosene de aviação e gás natural veicular. Até o momento, o governo não
sinalizou nova prorrogação.
Segundo
cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o
aumento esperado nos postos é de:
·
R$ 0,6869 por
litro no caso da gasolina;
·
R$ 0,2418 por
litro no caso do álcool.
Parte
desse aumento, contudo, pode ser compensada caso a Petrobras reduza o preço dos
combustíveis nas suas refinarias.
Dados
da Abicom mostram que a Petrobras tem vendido a gasolina em suas refinarias com
um preço 8% maior em relação aos preços praticados no mercado internacional.
A
empresa privada Acelen, dona da refinaria de Mataripe (BA), reduziu
recentemente o preço da gasolina em R$ 0,2959 por litro.
O presidente da Petrobras, Jean
Paul Prates, tem reunião nesta sexta-feira (24) com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O encontro deveria ter acontecido na
tarde desta quinta, mas foi remarcado.
Demais combustíveis
No caso do diesel, do gás de cozinha, do gás natural e do
biodiesel, os impostos federais ficam zerados até 31 de dezembro de 2023.
A isenção de impostos federais, nos prazos propostos pelo governo,
vale também para a importação desses produtos.
A desoneração foi feita via medida provisória. Com isso, já está
em vigor, mas ainda precisa ser analisada pelo Congresso.
Nesta quinta-feira (23), o chefe do Centro de Estudos Tributários
e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, confirmou que o Fisco
conta com a reoneração da gasolina e do álcool a partir de março.
Conforme o blog da Ana Flor, a equipe econômica quer a retomada da
cobrança para aumentar a arrecadação e diminuir o déficit de mais de R$ 200
bilhões previsto para este ano.
Já ala política do governo teme impacto na popularidade do
presidente Lula e na inflação.
Reportagem de Jéssica Sant'Ana, g1 — Brasília
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