O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (27) que haverá uma nova reunião no fim do dia para debater a retomada ou não da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o álcool.
Desoneração dos impostos federais que incidem sobre a gasolina vai até terça-feira (28). Ministério de Minas e Energia também discutirá o assunto.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Reprodução/ redes sociais |
A reunião
desta manhã no Palácio do Planalto entre o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Haddad (Fazenda), além do
presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, acabou sem o anúncio de uma decisão.
"Foi
boa a reunião. Vamos ter outra reunião no fim da tarde e, assim que eu tiver
uma confirmação da decisão do presidente, divulgo pra vocês", afirmou
Haddad após voltar para o prédio do Ministério da Fazenda.
Ainda
segundo Haddad, haverá também uma reunião da equipe do Ministério de Minas e Energia. "Depois, nós vamos voltar
ao presidente e, assim que a gente tiver uma definição, a gente divulga."
Questionado
se a decisão sobre reonerar ou não os combustíveis sai ainda hoje, Haddad
respondeu: "Acredito que sim".
Entenda
O presidente Lula prorrogou somente até
28 de fevereiro a desoneração (redução a zero) dos impostos federais que
incidem sobre a gasolina, o álcool, querosene de aviação e gás natural
veicular (GNV).
Com isso,
a cobrança dos impostos voltaria já na quarta-feira, 1º de março. Porém, a ala
política do governo, que teme impacto na inflação e na popularidade do
presidente, pressiona pela extensão da desoneração dos impostos.
Caso Lula
decida não prorrogar a desoneração, o litro da gasolina deve subir R$
0,69 e o do álcool, R$ 0,24, segundo a Associação
Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Já a ala econômica
conta com a volta da cobrança dos impostos para aumentar a arrecadação e
diminuir o rombo de mais de R$ 200 bilhões esperados para as contas do governo
neste ano.
No caso do diesel
e do gás de cozinha, os impostos federais estão zerados até 31 de
dezembro.
Reoneração parcial
Com impasse entre alas econômica e política, o governo avalia uma reoneração parcial da gasolina
e do álcool, conforme noticiaram os repórteres da GloboNews Nilson Klava e
Bianca Lima.
A
possibilidade que está na mesa e que foi levada ao presidente Lula prevê que a
gasolina seja reonerada em 71% do PIS e da Cofins.
Ou seja,
em vez de voltar a cobrar a totalidade do imposto, o que representaria R$ 0,69
por litro do combustível, o governo cobraria R$ 0,49 por litro.
Já em
relação ao álcool, a reoneração seria menor, de 25%. Ou seja, dos R$ 0,24 por
litro, que representa a totalidade do tributo federal, o governo voltaria a
cobrar R$ 0,06. O objetivo é manter a competitividade do etanol.
G1/
0 Comentários