Professores e funcionários das escolas de Fortaleza aprovaram em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, 26, a paralisação total das atividades.
(Fotos: Thainá Duete/Sindiute)
Professores e funcionários das escolas de Fortaleza
aprovaram em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, 26, a
paralisação total das atividades. Os profissionais só retomam o ano letivo, que
iniciaria nesta sexta-feira, 27, com o anúncio do pagamento do reajuste
do piso salarial do magistério pela Prefeitura de Fortaleza.
A categoria foi mobilizada pelo Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute). O encontro ocorreu na Escola de
Tempo Integral Filgueiras Lima e contou, segundo o sindicato, com a participação
de mais de 5 mil pessoas.
A categoria também
cobra o reajuste não implantado de 2017, carteira assinada para professores
substitutos, revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada a aposentados
e a revisão da reforma da previdência de Fortaleza.
Pelo menos 39 municípios
cearenses anunciaram que vão repassar o reajuste do piso salarial para
professores de suas redes. Os dados são do primeiro levantamento da Federação
dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), após
a decisão do Ministério da Educação (MEC) de reajustar o piso em 14,95%, indo a
R$ 4,4 mil.
A categoria promete
realizar um protesto, nesta sexta-feira, 17, em frente à sede da Prefeitura de
Fortaleza. "Votamos com unanimidade dos presentes pela paralisação
imediata, não iniciando o ano letivo previsto para iniciar amanhã. Essa
deliberação demonstra a irresponsabilidade do prefeito Sarto ao descumprir a
lei do piso salarial não garantindo o início do ano letivo. Piso já para a aula
começar", afirma a presidenta do Sindiute, Ana Cristina
Guilherme.
Prefeitura diz que tem
"estudos avançados" para garantir piso
O prefeito de Fortaleza,
José Sarto (PDT), disse que estão avançados os estudos sobre a aplicação do piso
salarial dos professores para os profissionais da rede de educação municipal. O
reajuste nacional anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) é de 14,95%.
Nesta quarta-feira, 25, o pedetista apontou que o fato de haver um Plano
de Cargos, Carreiras e Salários da categoria torna diferente o impacto do
aumento salarial na Capital.
O prefeito defende a
preocupação com o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com o
impacto previdenciário. "Nós temos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que
resguarda o limite de gasto em pessoal até o limite prudencial de 54%".
Sarto informou ainda que
pretende ir a Brasília, na semana que vem, para visitar ministérios e discutir
o assunto."O impacto não é só na questão da educação. Temos impacto de 7%
na previdência e no IPM (Instituto de Previdência do Município)". Após a
coletiva, ele confirmou ao O POVO que o MEC está entre os
ministérios que pretende visitar durante a passagem pela capital federal.
O Povo
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