Na Copa da França, em 2018, a seleção da Croácia surpreendeu o mundo ao chegar à final, perdendo para a anfitriã por 4 a 2. Por aquela campanha, o meia Luka Modric, 37, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. Quatro anos depois, ele tenta novamente levar seu país adiante na Copa do Qatar, mas, para isso, terá de superar nas quartas de final o que ele considera um dos grandes favoritos ao título: o Brasil.
Croácia é a atual vice-campeã mundial e quer repetir o feito de chegar na final. Entretanto, para avançar às semifinais da Copa do Mundo do Qatar, ela precisa passar pela Seleção Brasileira.
Modrić levou a Croácia para a final em 2018 e depois foi eleito melhor do mundo | Reprodução/Twitter |
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), na véspera do
duelo (às 12h de Brasília), Modric deixou claro que reconhece a superioridade
brasileira, mas, mesmo assim, ainda acredita ser possível sair de campo
vitorioso."Já jogamos contra o Brasil algumas vezes, mas ainda não
conseguimos vencer. Espero que isso mude. O Brasil tem jogadores fenomenais em
todas as posições. Temos de ser agressivos, correr no limite e não os deixar
jogar. Isso é importante quando não temos a bola, temos que ser agressivos e
firmes e não deixá-los escapar", afirmou o capitão na entrevista publicada
pelo site esportivo croata Sportske Novosti, destacando que enfrentar as
seleções de Brasil e Argentina é sempre uma "celebração do futebol".
"Brasil e Argentina são os melhores times do mundo, com muitos
grandes jogadores. Eu gosto de vê-los, é divertido jogar contra esses times.
Temos uma dessas chances amanhã. Também jogamos na Argentina e no Brasil. É uma
celebração do futebol e algo que todo jogador deseja. Estes são os grandes
nomes do futebol."O camisa 10 croata, assim como a imprensa de seu país,
está comparando o confronto contra a seleção canarinho com a final da Copa de
2018, contra a França, em termos de dificuldade e de importância. "A
França é como esse jogo, só que foi a final. Mas o jogo é assim..."
Modric também se disse feliz pela classificação às
quartas de final, após superar o Japão nos pênaltis, mas afirmou que sua
seleção ainda quer mais no Qatar.
"Talvez a maior partida do torneio nos espere
contra um dos favoritos ao título. Eles são sempre os favoritos, mas de acordo
com o que têm mostrado neste campeonato, estão justamente nesse grupo. Temos
que ser verdadeiros, dar o nosso melhor, como em todos os jogos até aqui. Nesse
caso, temos uma chance. Não estamos satisfeitos com as quartas de final. Temos
a nossa força, acreditamos em nós e é assim que vamos nos posicionar em campo.
Sabemos que temos pela frente um grande adversário, mas temos nossas
qualidades, acreditamos em nós mesmos e é assim que vamos nos posicionar".
Quando perguntado se
a derrota brasileira para Camarões serve de esperança, Modric minimizou o
resultado, destacando que o Brasil jogou com um time reserva. Mas também
reafirmou que a confiança da Croácia para conseguir vencer a partida é grande.
"Aquele jogo não é um exemplo, mas mostra que
eles também podem ser derrotados. Cada partida é única. Mostramos força mental
e resistência na prorrogação e nos pênaltis [contra o Japão]. Nesse caso, o
último jogo nos deu muita confiança e vamos entrar confiantes. Veremos o que
acontece. Estamos prontos para tudo."Elogiado nesta semana pelo atacante
Vinicius Junior, seu companheiro de Real Madrid, Modric agradeceu as palavras
do brasileiro, mas deixou claro que agora a luta é pelo país e que fará de tudo
para pará-lo.
"É bom ouvir quando ele fala sobre mim em
palavras carinhosas. Ele é um cara legal e temos um ótimo relacionamento. Ele
está jogando em grande forma e mostrou que é um grande jogador. Será muito
difícil pará-lo amanhã. Vou aconselhar meus companheiros e ajudar a tornar o
trabalho dele mais difícil. Todos aqui estão lutando pelo seu país",
disse.
"Estou ansioso
para ver alguns antigos e outros atuais companheiros de equipe. Será especial
jogar contra eles. Podemos ser amigos depois do jogo, mas em campo cada um de
nós luta pelo seu país. Faremos o possível para dar um passo adiante",
finalizou.
Autor: Claudinei Queiroz/Folhapress
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