Nos últimos dias um caso vem repercutindo muito na mídia e nas redes sociais. É sobre um vídeo onde a deputada Zambelli foi filmada com uma arma em punho. Diante dessa gravação, várias hipóteses e versões surgiram. Uma delas é da Zambelli, que disse que foi agredida e empurrada em uma ação planejada contra ela por ao menos cinco pessoas.
Na decisão, Gilmar relembra que o caso deve ser investigado pelo STF, porque os fatos ocorreram 'no exercício do atual mandato de parlamentar federal'.
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Zambelli foi filmada com uma arma em punho na véspera da aleição | Foto: Reprodução/Rede Social |
No entanto, em uma outra gravação, publicada posteriormente nas redes
sociais, é possível ver que o homem acusado por Zambelli de empurrá-la estava à
frente dela e, dessa forma, não poderia ter cometido a suposta agressão.
Com isso, a deputada então acusou uma outra pessoa
que estaria atrás dela e teria lhe dado uma rasteira. Porém, as imagens não são
conclusivas sobre esta hipótese.
E, neste sábado (05), essa situação ganhou um novo
episódio. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou
de determinar que a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) preste
depoimento imediatamente, após sacar uma arma e perseguir um homem em São
Paulo, na véspera do segundo turno da eleições presidenciais.
O caso deve ser investigado pelo STF porque os fatos ocorreram “no
exercício do atual mandato de parlamentar federal", lembra Gilmar diante
de decisão.
O depoimento imediato da Zambelli, que está nos
Estados Unidos, é uma medida necessária e adequada para esclarecer eventual
investigação, disse o ministro.
“Ainda que tal depoimento já tenha sido prestado em
primeiro grau, a reinquirição da parlamentar pelo promotor natural do caso
constitui medida útil ao regular desenvolvimento das investigações, razão pela
qual deverá ser imediatamente realizada pela PGR, tendo em vista inclusive a
relevância do caso e a necessidade de se imprimir um ritmo adequado a este
procedimento investigativo, em observância à dimensão objetiva do princípio da
razoável duração do processo”, escreveu.
O ministro atendeu em parte um pedido da Procuradoria-Geral da República
(PGR), que defende ser necessária uma apuração preliminar dos fatos antes de decidir
sobre a investigação.
Arma na mão
Com essas gravações e com a versão de que foi
agredida, Zambelli continua sustentando a sua versão de que teria sido
atacada. Em um dos vídeos, ela aparece perseguindo um homem no Centro de São
Paulo, enquanto apontava uma arma para ele.
Ela ainda afirma que as mulheres apoiadoras de
Bolsonaro estão sofrendo ataques organizados. "Eles estão atacando
mulheres reiteradamente. Atacaram a Regina Duarte, a atriz, ontem. Mas eu sou
uma mulher com porte de arma. Quando atacam uma mulher armada, eles viram menininhas",
disse.
A Polícia Civil investiga o caso, incluindo a possibilidade
de que Carla Zambelli tenha cometido os crimes de porte ilegal de arma, ameça,
lesão corporal e disparo de arma de fogo no episódio de sábado.
Com informações de Estado de Minas
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