O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país subiu na última semana, rompendo um ciclo de 15 quedas consecutivas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (17).
Valor médio do litro do combustível vendido nos postos do país subiu para R$ 4,86 na semana de 9 a 15 de outubro.
Abastecimento em posto de gasolina — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O preço médio do litro avançou
para R$ 4,86 na semana de 9 a 15 de outubro, uma alta
de 1,46% frente à semana anterior (R$ 4,79).
De acordo com o novo levantamento da ANP, o valor máximo do combustível
encontrado nos postos foi de R$ 7,35.
O litro do etanol hidratado também subiu: passou de R$ 3,40
para R$ 3,46, um avanço
de 1,76% na semana. Foi a segunda alta seguida no preço do
combustível, após cinco meses de queda.
O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$
6,90.
O diesel se manteve praticamente estável: o preço médio do
litro passou de R$ 6,52 para R$ 6,51, uma
queda de 0,15%. O valor mais alto encontrado na semana foi de R$
8,42.
Os dados da ANP dão sinais de
estabilização nos preços dos combustíveis, após semanas consecutivas de forte
queda (confira no gráfico abaixo).
Em junho, os preços do litro do diesel e
da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores
para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de
preços, em 2004.
Queda de preços
Os preços dos combustíveis vinham sentindo o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada pelos estados após sanção do projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como
essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à
alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os
combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos
e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. A queda nos postos de combustíveis é influenciada também pelos preços do petróleo, que têm caído no mercado internacional.
G1
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