O vírus da gripe (Influenza A) está próximo de superar o SARS-CoV-2 como principal causador de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) virais no país. Segundo o último Boletim InfoGripe, divulgado ontem (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Influenza A responde por 24,6% das hospitalizações por síndrome respiratória viral, enquanto o novo coronavírus ainda predomina, associado a 26,4% dos casos.
Influenza A responde por 24,6% das internações causadas por síndromes respiratórias agudas graves virais no país, segundo a Fiocruz.
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A Fiocruz informa que São Paulo e o Distrito Federal seguem registrando o maior volume de casos de influenza nas últimas semanas. | Breno Esaki/Divulgação/Agência Saúde |
O boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de
Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de outubro, que
se referem à semana que vai de 16 a 22 do mês.
Fora esses dois patógenos, o vírus sincicial
respiratório (VSR) também tem destaque no cenário epidemiológico, causando
21,7% dos casos de SRAG comprovadamente virais.
Uma comparação com o início de setembro dá uma
ideia da evolução do cenário epidemiológico. No boletim divulgado no dia 8
daquele mês, havia a seguinte distribuição de casos de SRAG: 3,4% para
influenza A; 0,2% para influenza B; 6,5% para vírus sincicial respiratório
(VSR); e 68% para Sars-CoV-2 (covid-19).
MORTES
Apesar da mudança entre os causadores de
hospitalizações, quando são analisados os desfechos fatais da SRAG no boletim
divulgado hoje, o SARS-CoV-2 continua a predominar com mais força, causando
77,8% das mortes, enquanto o Influenza A é responsável por 11,1%, e o VSR, por
1,6%. Mesmo assim, o SARS-CoV-2 perdeu espaço, já que, em 8 de setembro, o
percentual de óbitos causados por ele chegava a 93,4%.
FLUXO
A Fiocruz informa que São Paulo e o Distrito
Federal seguem registrando o maior volume de casos de influenza nas últimas
semanas e servem de alerta para as demais unidades federativas do país, porque
são centros com grande fluxo de passageiros. Os pesquisadores também já
identificam ligeiro aumento na presença do vírus da gripe na Bahia, em Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e no Paraná.
Agência Brasil
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