O medo do Brasil "virar Venezuela" nunca possuiu sentido. Nunca houve regime comunista no Brasil e nem ao menos se chegou distante disso, imagina próximo. Zero sentido.
Com narrativas e proposta semelhantes a de Hugo Chávez, Jair Bolsonaro quer instaurar o mesmo modelo que o ditador venezuelano fez no país vizinho.
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Apesar do temor, resultado do compartilhamento
de informações falsas e tendenciosas, caso Jair Bolsonaro vença as eleições de
2022, aí sim, o modelo de governo que é herança de Hugo Chávez pode ser
"repetido" no país.
Nos últimos dias, os
jornalistas Guilherme Amado e Reinaldo Azevedo explicaram a relação nítida
entre os desejos de Jair Bolsonaro e o regime chavista.
Ambos citaram a entrevista de Hamilton Mourão aos jornalistas Julia
Duailibi, Octavio Guedes e Tiago Eltz, admitindo Bolsonaro pretende partir para
cima do STF num eventual segundo mandato. Com controle do STF, o que nunca
ocorreu nem foi buscado por nenhum governo desde a redemocratização, Bolsonaro
teria o poder total de anular os processos contra si, tal qual Hugo Chávez fez
na Venezuela e Victor Orban na Hungria. Deste modo, não há democracia.
Bolsonaro quer aprovar proposta de emenda à Constituição que aumenta de
11 para 15 o número de ministros do STF. Assim, só em 2023, nomearia os
substitutos de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que se aposentarão, e mais
quatro ministros.
Ao fazer isso, Bolsonaro terá nomeado ao todo oito nomes, considerando
os dois já postos lá por ele, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, que sempre
se posicionam ao seu lado e não dão andamento nos processos contra o candidato
do PL e sua família.
BOLSONARO SEGUE CHÁVEZ
Chávez também investiu para valer contra o Tribunal
Constitucional venezuelano num segundo mandato. Acusava os juízes da corte de
golpismo e corrupção e dizia que eles atentavam contra os interesses nacionais.
Exatamente o que Bolsonaro faz.
Em 2003, Chávez conseguiu fazer com que a
Assembleia Nacional aprovasse, numa madrugada, lei que aumentava de 20 para 32
o número de ministros, e assim encheu o tribunal de aliados. Foi derrubado ali
um dos últimos pilares para frear o autoritarismo de Chávez e instaurada uma
ditadura baseada em violência, fome e destruição. E é o que Bolsonaro quer
fazer num próximo mandato, destaca Guilherme Amado.
Com informações de Guilherme Amado/ Portal Metrópoles e Rainaldo Azevedo/
Folha de S. Paulo e Band News.
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