Pela primeira vez após o surgimento da pandemia de Covid-19 no Brasil, o Festival Nacional Mel, Chorinho e Cachaça terá sua primeira edição presencial nos próximos dias 16, 17 e 18 deste mês, durante o feriado de Corpus Christi, na cidade de Viçosa do Ceará, na Serra da Ibiapaba. Toda a programação é gratuita, incluindo atrações musicais, seminários, oficinas gastronômicas e de marketing turístico.
O público poderá assistir a 17 atrações
instrumentais de grupos cearenses e de outras regiões em três palcos
distribuídos pela cidade.
“A gente tem do tango ao choro”, disse o
diretor do projeto, Fernando Elpídio. A atração nacional prevista para encerrar
o festival no dia 18, no palco da Igreja do Céu, é o cantor, compositor e
sambista Jorge Aragão.
O projeto destaca as cadeias produtivas do mel e da
cachaça e tem apoio da prefeitura de Viçosa do Ceará, do governo do estado, do
Banco do Nordeste, Secretaria Estadual de Turismo, Serviço Social da Indústria
(Sesi), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/CE) e Assembleia
Legislativa do Ceará.
Capital da cachaça
Elpídio informou que Viçosa do Ceará funciona como
a capital da cachaça do estado. Afirmou que, em março deste ano, a cachaça Aviador Prata, fabricada no Sítio Uruoca, no
interior do município, foi eleita a melhor do mundo, ganhando medalha de ouro
no concurso internacional London Competitions.
Hoje, a cidade e seus distritos têm mais de 30
produtores de cachaça artesanal. “Já existia uma musculatura de produção de
cachaça com mais de 100 anos. E a produção do mel é um projeto que já existia
pelo Sebrae. Viçosa do Ceará é uma das maiores produtoras de mel do Brasil”,
opinou.
Para Elpídio, o festival une essas duas forças do
agronegócio, que são o mel e a cachaça artesanal, de alambique, com a
programação musical, “porque é uma cidade serrana, cuja temperatura é de 18°C.”
“Então, o chorinho, como é instrumental, combinou melhor”.
Viçosa do Ceará é uma das cidades cearenses mais
procuradas pelos turistas. O público estimado é de 10 mil pessoas por noite,
entre turistas, visitantes e moradores de cidades vizinhas. O diretor do
projeto revelou que, desde o primeiro ano de realização do festival, a ocupação
hoteleira atinge 100% e aquece a economia local. A partir de 2019, quando
os organizadores intensificaram a questão promocional nas redes sociais,
atingiram também o público do Piauí.
Durante o período do evento, serão realizadas feiras
de produtos e serviços do mel, cachaça, turismo e artesanato da Serra da
Ibiapaba, com 25 expositores. A ideia é unir gastronomia, turismo, cultura e
negócios em um só festival.
Início
O primeiro festival foi realizado em abril de 2007.
De 2008 a 2010, o projeto fortaleceu sua imagem, tornando-se conhecido em
várias regiões do Brasil, principalmente devido ao processo seletivo para
compor a programação musical por meio de inscrições de grupos e instrumentais.
O evento gratuito distribui a programação musical, gastronômica e de negócios nas praças Matriz e Felipe Camarão, além do Complexo Turístico Igreja do Céu. O evento é encontrado nas redes sociais (@melchorinhoecachaca). Entre as atrações locais, destaque para o cantor Waldonys, Carlinhos Patriolino, Choro das Três e Orquestra de Croatá, entre outras.
O POVO
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